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Trabalhador com nível superior ocupa cargo médio

20 de julho de 2011

Priscilla Arroyo

Mais da metade das pessoas com o terceiro grau não consegue colocação em suas profissões

Pesquisa do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro, com base no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), mostra que 53,5% dos trabalhadores formais com o terceiro grau completo ocupam cargos de nível médio - ou seja, mais da metade dos trabalhadores com diploma não consegue colocação em suas áreas de especialização.

E, segundo especialistas, um dos motivos é a baixa qualidade do ensino superior privado brasileiro, além da discrepância entre as profissões demandas pelo mercado e as escolhas feitas pelos estudantes.

Dados do Censo de Educação Superior de 2009, o último divulgado pelo Ministério da Educação, confirmam que existe uma procura excessiva por alguns cursos, como administração, por exemplo, que liderou o ranking de matriculados com 18,5% do total de ingressantes em faculdades no ano da pesquisa.

E, ao mesmo tempo em que há saturação de administradores ou advogados, faltam engenheiros e profissionais de tecnologia.

Dados da Confederação Nacional da Indústria (CNI) apontam que 89% das empresas de construção civil têm dificuldade na contratação de trabalhador qualificado.

Mozart Neves Ramos, conselheiro do movimento Todos Pela Educação, diz que o mercado de trabalho brasileiro está dinâmico, pois enquanto algumas ocupações deixam de existir outras são criadas. Além disso, o número de faculdades particulares praticamente dobrou em dez anos.

A quantidade insuficiente de vagas nas universidades públicas fez com que a procura pelo ensino superior privado aumentasse, porém a qualidade dos cursos, em muitos casos, é questionável. "A larga maioria das universidades públicas detém a qualidade do ensino superior", diz Ramos.

"Cursar uma universidade é importante, pois proporciona melhor formação em termos de conhecimento e socialização.
Mas não adianta o aluno fazer um curso que depois não vai servir para nada", diz João Sabóia, diretor do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro. A pesquisa conduzida por ele mostra que 22% das vagas formais de escriturários, por exemplo, são ocupadas por trabalhadores graduados. "Para essa função, a princípio, não precisa ter faculdade", diz.

A carência de mão de obra qualificada para alguns setores é uma consequência do aquecimento da economia, que atinge não só o Brasil, como outros países emergentes. Segundo levantamento da consultoria de recursos humanos Manpawer,de 2010, o percentual de empresários com dificuldades para preencher vagas que exigem qualificação chega a 64% no Brasil, 40% a China e 16% na Índia.

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"Cursar universidade é importante, pois proporciona uma formação melhor em termos de conhecimento e socialização. Mas não adianta fazer um curso que não vai servir para nada"
João Sabóia Diretor do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro

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