SINDIMETAL SUDOESTE

Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Pato Branco

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Somada a outros fatores, energia elétrica mais cara faz a indústria perder a competitividade, afirma Campagnolo

Um novo aumento está previsto e, diante disto, a Fiep protocolou uma ação civil pública para tentar impedir o acréscimo

clique para ampliarclique para ampliarEnergia elétrica mais cara provoca aumento no custo de produção das indústrias (Foto: Reprodução)

Diante do novo anúncio de reajuste, o preço da energia elétrica preocupa a indústria brasileira. A estimativa do Banco Central é de que até o fim de 2015 fique 43,4% mais cara. Diante desta realidade, a Fiep protocolou uma ação civil pública para tentar impedir o acréscimo. “A energia é um insumo fundamental para qualquer indústria e esses reajustes têm feito com que ela pese cada vez mais nas planilhas de gastos das empresas, que têm dificuldades para repassar esses valores para o mercado. Somado a outros fatores que têm aumentado significativamente os custos de produção, como a elevação da carga tributária estadual e federal, vemos nossa indústria perdendo cada vez mais competitividade. Por isso é urgente que se encontre uma solução para a questão energética no Brasil e no Paraná, fazendo com que as tarifas voltem a patamares mais condizentes com a realidade das empresas e consumidores”, explica o presidente da Fiep, Edson Campagnolo. 

O Sindimetal Sudoeste, em defesa de seus associados e da indústria do setor, apoia a iniciativa da Federação e se coloca à disposição para auxiliar no que for necessário. “É importante que as entidades façam algo para tentar parar com esses aumentos abusivos”, comenta o presidente do sindicato, Evandro Néri. De acordo com ele, a ação da Fiep foi necessária devido ao impacto negativo causado nas indústrias por conta do aumento considerável no custo de produção das indústrias. Este problema fica claro em um levantamento realizado pelo Departamento Econômico da Fiep. 

O estudo foi feito a partir dos dados da Pesquisa Industrial Anual (PIA-IBGE), que contempla os custos de diferentes setores industriais. Com estes números, foi possível identificar o impacto causado pelo sucessivo aumento na tarifa desde junho de 2014 até junho de 2015. A pesquisa mostra que em um ano o custo da energia elétrica nas indústrias do Paraná quase triplicou. Enquanto em junho de 2014 os gastos com a eletricidade representavam, em média, 1,40% do valor total das despesas das indústrias, hoje, a realidade é outra e o percentual chega a 3,35%. Na indústria metalúrgica o aumento é ainda maior, enquanto em junho do ano passado os gastos com a energia elétrica representavam cerca de 3,85% dos custos totais da produção, agora estão em 9,23%.

Apesar da porcentagem, a indústria não repassa todo o reajuste para o consumidor final. “Não necessariamente as indústrias conseguirão repassar a integralidade do aumento para o preço de seus produtos, pois o poder de compra dos consumidores vem progressivamente se debilitando e pode não aceitar modificação de preço de certos produtos, induzindo-o a buscar produtos substitutos até com menor preço e qualidade”, afirma Maurilio Leopoldo Schmitt, um dos responsáveis pelo estudo.

Maurilio destaca ainda que o momento deve ser enfrentado com cautela e alerta que a indústria deve optar por manobras econômicas. “Se a indústria quiser manter a sua participação de mercado, deverá reduzir margens de lucro e enfraquecer também sua capacidade de poupar e de investir quando a economia se recuperar”, finaliza.

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