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Cientista da UnB ganha prêmio por pesquisa com mandioca

Pesquisador desenvolveu uma planta resistente ao Mosaico Africano, além de descobrir uma variedade 50 vezes mais rica em caroteno, substância que é transformada pelo corpo em vitamina A

clique para ampliar>clique para ampliarPesquisador irá doar US$ 100 mil para continuidade das pesquisas sobre a mandioca (Foto: Agência UnB)

O pesquisador Nagib Mohammed Abdalla Nassar, do Departamento de Genética e Morfologia da Universidade de Brasília (UnB), foi condecorado com o Kuwait International Prize of Environment, da Kuwait Foundation for the Advancement of Sciences. A homenagem é um reconhecimento à contribuição do pesquisador para o melhoramento da mandioca.

Os prêmios, um escudo e uma medalha de ouro, além de US$ 100 mil, serão entregues pelo emir do Kuwait, o xeique Sabah Ahmed al Sabah, em cerimônia marcada para dezembro deste ano.

Nagib Nassar é professor emérito da UnB e atua há 40 anos em pesquisas sobre modificação e seleção de espécies de mandioca. Entre as conquistas do pesquisador está o cruzamento que resultou em uma variedade da espécie resistente à chamada Praga do Mosaico Africano. Além disso, o professor descobriu uma variedade da planta 50 vezes mais rica em caroteno, substância que, processada pelo fígado, gera a vitamina A, nutriente importante para o fortalecimento da retina.

Resistência

O tipo de planta desenvolvido pelo laboratório é resistente a uma doença conhecida como Mosaico Africano, que atingiu o oeste africano na década de 1970 e cultivada atualmente em quatro milhões de hectares do continente. O cruzamento que resultou nessa mandioca foi feito entre a espécie comum, disponível nos supermercados, e a variedade selvagem, cientificamente conhecida como Manihot glaziovii. Apesar de imprópria para o consumo, o tipo selvagem é mais resistente a pragas e seca, comuns na região oeste da África.

A técnica utilizada pela equipe do laboratório foi a de cruzamento clássico, que é colocar manualmente o pólen de uma planta nas flores femininas de outra. O resultado obtido foi encaminhado ao Instituto Internacional de Agricultura Tropical, que fez novos cruzamentos com variedades africanas da mandioca comum. O objetivo era adaptar a descoberta às condições locais de solo e clima.

A descoberta teve forte impacto na produção africana de mandioca. “Esse alimento é a principal fonte de calorias do oeste africano”, explica Nagib Nassar.

Mais vitamina A

A equipe coordenada pelo professor Nagib Nassar também descobriu uma variedade de mandioca que possui 50 vezes mais caroteno do que a comum. A mandioca é um alimento pobre em nutrientes, o que explica a deficiência nutricional de algumas populações. Encontrado pela equipe de Nagib Nassar em tribos da Amazônia, que cultivavam esse alimento, a mandioca protéica foi levada ao laboratório da UnB e, em seguida, distribuída a 12 agricultores do Distrito Federal. Hoje, é a principal espécie cultivada nas proximidades de Brasília.

O cruzamento de espécies levou os pesquisadores a outra descoberta. A equipe desenvolveu sementes que possibilitam o plantio a partir das próprias sementes sem perder o vigor da planta. Em geral, a plantação é feita com o uso de estacas de cimento, que podem contaminar o solo.

Agora, o pesquisador garante que os recursos recebidos serão utilizados na continuidade de seus estudos, com a criação de um fundo na UnB que irá financiar as futuras pesquisas. “Esse rendimento deve encorajar e incentivar meus auxiliares a continuarem tocando meu programa”, afirmou em entrevista à agência de notícias da universidade.

Com informações da Agência de Notícias da UnB

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