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Fomento - 03/10/2012

Conselho da Fiep demanda financiamento ao setor Têxtil e Vestuário

Ofício enviado ao BRDE aponta importância da indústria para o Estado e necessidade de adequação na política de créditos

O setor têxtil e do vestuário tem grande participação na economia paranaense e é um dos que mais gera empregos. No entanto, reúne particularidades que muitas vezes não são atendidas pelas linhas de financiamento oferecidas pelo Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE). Essa desvantagem competitiva abre ainda mais espaço para a invasão de produtos estrangeiros.

Para tentar reverter essa situação, o Conselho Setorial da Indústria do Vestuário da Fiep encaminhou um ofício ao BRDE para demonstrar a importância de adequar políticas de financiamento às necessidades do setor. O documento, enviado no dia 13 de setembro, também foi assinado pelo presidente da Fiep, Edson Campagnolo.

O Conselho Setorial da Indústria do Vestuário, formado pelos 11 sindicatos do setor no Paraná, demonstrou, através do ofício, a importância da atividade para a economia local e a força que o segmento possui. São 5.816 empresas instaladas, o que representa 20,5% de todas as empresas do Estado. Juntas, elas geram aproximadamente 92.983 empregos, ou seja, 14,2% do total de vínculos empregatícios da indústria de transformação.

O documento foi endereçado a Nivaldo Assis Pagliari, diretor de Acompanhamento e Recuperação de Crédito do BRDE, e Jorge Gomes Rosa Filho, diretor financeiro do banco. "Em muitos casos, a empresa tem que usar os próprios recursos para financiar equipamentos diretamente com os fabricantes internacionais, porque não há similar no Brasil", afirma Marcelo Surek, coordenador do Conselho Setorial da Indústria do Vestuário que assinou e encaminhou o ofício.

Demanda - A indústria têxtil e do vestuário acaba não aproveitando algumas linhas de financiamento oferecidas pelo BRDE, através do Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES), porque não se enquadram na necessidade específica desse setor. "Decidimos ser mais proativos para que o BRDE e BNDES trabalhem a nosso favor e entendam nossas demandas", afirma Surek.

Segundo ele, a desigualdade de competição com países que não possuem leis trabalhistas rígidas como as do Brasil e ainda têm à disposição linhas de financiamento mais acessíveis é extremamente prejudicial. Em 2011, a balança comercial do setor no Estado apresentou déficit de US$ 112,1 milhões. Somente no ano passado, o Paraná recebeu US$ 274,3 milhões em tecidos e peças do vestuário importados. Em 2009, a quantidade recebida destes bens foi de US$ 101,7 milhões, ou seja, em dois anos o aumento de 269% de produtos estrangeiros.

Uma pesquisa realizada com empresas do setor no Paraná mostra que há interesse em se desenvolver e inovar. Mas para isso é imprescindível o investimento em equipamentos, muitos dos quais encontrados somente fora do país. O documento pretende demonstrar que há necessidade de mudança através de financiamentos com maior tempo de carência, prazos mais longos e inclusão de equipamentos que não são encontrados no Brasil.

 

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