Sindirepa Toledo 25 anos
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1.0, 1.4 e 1.6

Custo de manutenção dos motores é similar, dizem fabricantes

Para atender ao mercado, montadoras têm investido em compactos 1.4 e 1.6

A Fiat apostou em quatro versões 1.4 para a nova geração do Uno - antes oferecido apenas com motor 1.0 - e viu as vendas crescerem. Os modelos mais potentes já representam 30% dos emplacamentos do compacto.

"O poder aquisitivo do consumidor brasileiro cresceu, e ele ficou mais exigente ", avalia Murilo Moreno, diretor de marketing da Nissan do Brasil, que passou a vender o recém-lançado March também com motor 1.6.

De acordo com as montadoras, os custos de manutenção são semelhantes. Para Gilmar Napoleão da Silva, diretor do Comitê de Veículos Leves da SAE Brasil (Sociedade de Engenharia Automotiva), não há uma diferença grande de valores. Porém, por serem mais potentes e equilibrados, os motores maiores levam vantagem.

"O motor 1.0 exige milagres do fabricante para entregar potência. É um bloco que acaba operando no limite, principalmente com mais equipamentos ligados, como o ar-condicionado", diz.

A exceção, segundo Silva, são os novos 1.0 de três cilindros, como o EcoBoost, da Ford, que será feito no Brasil.

SEGURO MAIS BARATO

Na hora do seguro, os carros 1.0 levam a melhor. "Os valores variam de acordo com o perfil dos condutores, mas como a cotação do seguro está diretamente ligada ao preço de tabela do carro, os veículos de maior cilindrada tendem a ter apólices mais caras", afirma Marcelo Sebastião, diretor do ramo de automóveis da Porto Seguro.

Apesar do avanço dos motores maiores, voltar aos 1.0 pode ser estratégico. "Meu primeiro carro foi um Chevrolet Celta, que troquei por um Peugeot 207 1.4. Agora tenho um Renault Clio", conta o professor de Educação Física Márcio André Santos Lopes, 27, que optou pelo "mil" para comprar seu apartamento.