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ECONOMIA - 04/06/2014

Faturamento de indústrias do PR cai 0,28% em abril

Apesar de a queda parecer pequena, Fiep diz que taxa prejudica bom desenvolvimento do setor para 2014

O faturamento do setor industrial do Paraná apresentou queda em abril. Na comparação com o mês de imediatamente anterior (março), as vendas da indústria do estado foram 0,28% menores, informou nesta terça-feira (3) o Sistema de Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep).

O resultado do boletim de indicadores conjunturais do Fiep contraria uma tendência histórica que aponta elevação da atividade industrial a partir do quarto mês de cada ano. Em abril de 2013, por exemplo, as vendas do setor no estado tiveram alta de 10,21% sobre março.

Se analisado o destino, o cenário mostra que há diminuição de 2,29% da quantidade de vendas dentro do próprio Paraná, e retração de 1,64 de comercialização para outros estados do país. As exportações aumentaram 9,16%.

Combustível puxa no índice negativo

A instituição explica, no entanto, que a retração de 0,28% nas vendas do período foi resultado da performance negativa de nove dos dezoito gêneros pesquisados. Entre eles, o setor de Refino de Petróleo e Produção de Álcool, um dos três com maior participação relativa na indústria paranaense e que apresentou baixa de 4,88%.

Em déficit de vendas, superam este setor os segmentos de Borracha e Plásticos (-23,59%), pela diminuição das exportações; Metalúrgica Básica (-14,97%), pelo fim de pedidos; Máquinas e Equipamentos (-12,50%), por redução de demanda; e ainda Produtos Químicos (-9,12%).

Na mesma comparação, o setor mais bem sucedido foi o de Material Eletrônico e Comunicações, com avanço de 18% nas vendas. Por outro lado, o segmento lidera o índice de redução acumulada entre janeiro e abril de 2014, com variação negativa de 64,63 no volume de vendas. Produtos de Metal e Veículos Automotores ocupam o segundo e o terceiro lugar na lista, com retração de, respectivamente, 14,20% e 12,81%.

Já Máquinas, Aparelhos e Materiais Elétricos lidera a variação positiva de vendas acumuladas no primeiro quadrimestre do, com expansão de 20,20%, seguido do setor de Têxteis (12,42%), e Minerais Não Metálicos (7,36%).

Impacto

Apesar de a queda nas vendas do mês de abril parecer pequena, o coordenador do Departamento Econômico do Fiep, Maurílio Schmitt, afirma que o resultado, além de evidenciar a instabilidade dos indicadores conjunturais, também amplifica o resultado negativo para o índice acumulado nos primeiros quatros meses deste ano. Segundo a federação, levando em conta os meses entre janeiro a abril, o Paraná apresentou desempenho negativo de 4,04% nas vendas do setor industrial.

O economista aponta, no entanto, um fator que pode resultar em certa recuperação do setor industrial paranaense ainda este ano: a projeção de uma boa safra agrícola.

Mesmo assim, Schmitt não vislumbra um crescimento acentuado da indústria paranaense em um futuro próximo, uma vez que todos esses resultados oferecem sinais de comprometimento do desempenho industrial para o ano e também são causa de trava dos investimentos em expansão de capacidade produtiva. “Daí a serem diminutas as chances de, no curto e médio prazos, haver retomada do ritmo de negócios na indústria”, declara.

Confiança dos empresários é a pior já registrada

Os resultados das vendas e o panorama econômico “nebuloso” do país vêm se refletindo também no grau de otimismo do empresariado paranaense. Em outra pesquisa realizada pelo Departamento Econômico da Fiep, o Índice de Confiança do Empresário da Indústria de Transformação do Paraná (ICET-PR) registrou que da -8,6 pontos em maio, atingindo 40,7 pontos – o menor valor de toda a série histórica do levantamento, iniciada em janeiro de 2012.

Esse foi o quinto mês consecutivo em que as expectativas dos empresários da indústria do Estado se situaram na área de pessimismo. O ICET-PR varia no intervalo de 0 a 100, com valores acima de 50 pontos indicando empresários confiantes, melhores condições ou expectativas positivas. Em maio, a queda foi causada pela piora da percepção dos empresários em relação aos dois sub índices que compõem o ICET-PR.

O Índice de Condições Atuais caiu de 41,9 pontos em abril para 37,3 em maio. Já o Índice de Expectativas despencou de 53 pontos em abril para 41,9 em maio.

 

Fonte: Gazeta do Povo

 

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