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Conecta une Bosch e CNI para democratizar indústria 4.0

Publicado em 06/04/2018

Curso nasceu para mostrar que é possível adaptar máquinas e plantas antigas à nova realidade

Fonte: Automotive Business

A Bosch e a CNI (Confederação Nacional da Indústria) anunciaram em 19 de março, o Conecta, programa desenhado para desmistificar a indústria 4.0. As fábricas conectadas, equipadas com recursos de automação e inteligência artificial, soam como realidade distante do Brasil. O País conta com parque de 4,5 milhões de máquinas instaladas, a maioria delas com idade entre 15 e 20 anos. Deste total, 90% não têm qualquer recurso de conectividade.

O foco da iniciativa está em levar modernização para as pequenas e médias empresas, que têm mais dificuldade para avançar na quarta revolução industrial. Na prática o Conecta é um curso de dois dias com 16 horas de treinamento que mostra, na prática como implementar recursos 4.0 nas empresas. Ali o time da Bosch explica os requisitos básicos para a instalação da tecnologia, as etapas para desenhar e concretizar o projeto, os potenciais ganhos e, claro caminhos para levantar recursos e obter financiamento. O curso é oferecido pela CNI por R$ 3.200.

DA ERA ANALÓGICA À ERA DIGITAL

Segundo Fábio Fernandes, especialista em indústria 4.0 da Bosch, é preciso cumprir algumas etapas antes de trabalhar para implementar tecnologia em uma fábrica antiga. A primeira delas é garantir que as máquinas estejam trabalhando corretamente. ?Não podemos digitalizar o erro?, diz. Depois, a próxima etapa é instalar sensores nas máquinas. São eles que vão garantir a coleta de dados essenciais da produção. Em seguida é a hora de implementar um software de processamento das informações, que deve ser desenvolvido para a necessidade da empresa.

A partir daí, começa a fase de implementar inteligência artificial, o que pode permitir, por exemplo, que a máquina aprenda e adapte processos ou alerte sobre a necessidade de manutenção preventiva. Depois disso, o céu é o limite. "Com a produção digitalizada é possível criar a vontade, trabalhar uma série de soluções", diz Fernandes. Segundo ele, a indústria 4.0 pode ser muito mais simples do que o senso comum leva a pensar, chegando a máquinas antigas. "Na Alemanha fizemos a experiência de instalar recursos 4.0 em um torno produzido em 1877 e deu certo", diz.

UM MERCADO DE NOVAS TECNOLOGIAS PARA MÁQUINAS VELHAS

O executivo conta que a Bosch abriu os olhos para a possibilidade de trabalhar com indústria 4.0 em fábricas não necessariamente novas há cerca de um ano, quando começou a desenvolver trabalho em parceria com a Rudolph Usinados.

"Foi a primeira vez que trabalhamos com indústria 4.0 fora de casa aqui no Brasil. Enfrentamos desafios de diversas naturezas e entendemos a necessidade de descer um degrau e deixar de falar de indústria 4.0 apenas como algo hi-tech, que é o que as pessoas já conhecem, para mostrar que dá para avançar nessa área sem precisar renovar o parque fabril e com investimentos relativamente baixo", lembra Fernandes.

Ele estima que uma pequena ou média empresa possam fazer a atualização com aporte da ordem de R$ 300 mil, um número interessante quando são colocados na conta os ganhos que a modernização pode proporcionar, como aumento da qualidade e da eficiência, redução das falhas, melhoria de processo e queda nos gastos com manutenção.

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