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MPF reúne especialistas para discutir experiências positivas no Dia Mundial da Água

Publicado em 24/03/2017

Fonte: MPF

No Dia Mundial da Água, data criada pela Organização das Nações Unidas em 1993, o projeto Qualidade da Água do Ministério Público Federal (MPF) reuniu na Procuradoria Regional da República da 3ª Região (PRR3) especialistas para discutirem soluções e experiências sobre uso e disponibilidade de recursos hídricos no Brasil e em alguns países. "O Brasil avançou na governança hídrica a curtos passos através do funcionamento dos comitês de bacias hidrográficas com participação da sociedade, mas há graves dificuldades a serem superadas que não foram objeto de políticas públicas, mesmo tendo passado, de 2013 a 2015, pela pior crise hídrica que o sudeste já enfrentou", afirmou a gerente nacional do projeto, a procuradora regional da República Sandra Kishi.

A procuradora explicou sobre a evolução do Projeto Qualidade da Água e os encaminhamentos para a consolidação de um banco de informação de gestão virtual integrado que permitirá a coleta de informações de atividades de gerenciamento de águas, saneamento, saúde, tecnologia da informação e comunicação, qualidade de águas e sustentabilidade existentes nos diversos órgãos de gestão.

Dessalinização - Com investimentos pesados em pesquisa e desenvolvimento, Israel é hoje um exemplo de solução para a falta de água. Com tecnologias de dessalinização, 80% do consumo de água nas residências e indústrias vem do mar, ao custo de US$ 1 dólar por metro cúbico. A água tratada no Brasil sai por US$ 1,5 o metro cúbico. Mesmo com a superação da escassez, houve queda de consumo de 15% a 20% entre 2010 e 2015, em razão de campanhas de sensibilização voltadas para crianças e adolescentes.

A experiência de Israel foi relatada pelo vice-cônsul geral daquele país, Fares Saeb. Em junho, será lançado no Brasil o livro Faça-se Água, de Seth Siegel, relatando a experiência israelense de ter transformado "o deserto em floresta".

Reúso - Tema de reflexão para o Dia Mundial da Água deste ano, o reúso de água de águas residuais – aquela que é descartada pela indústria, comércio, residências e agropecuária - foi defendido pela desembargadora federal Consuelo Yoshida, que coordena de direito ambiental na PUC. Com todos os problemas enfrentados na captação e tratamento de água, é imprescindível buscar alternativas eficientes para enfrentar os problemas, como o reúso de água, afirmou.

De acordo com compromisso firmado pelo Brasil perante a ONU, até 2030 100% dos resíduos provenientes de residências e indústrias passariam por tratamento, ao custo de R$ 300 bilhões. Entretanto, no atual ritmo de investimentos do governo, essa meta só será atingida em 2050. A previsão foi feita pelo consultor Ruddi de Souza, do conselho de saneamento da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (ABIMAQ). Ele lamentou que esta área não seja prioritária para o governo: "saneamento básico é o setor que tira a população da linha de miséria e é fundamental no IDH (Índice de Desenvolvimento Humano)", ressaltou.

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