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Setor de máquinas vai fechar 2016 com queda de 25%

Publicado em 06/12/2016

Projeção de crescimento Abimaq para 2017 está em números próximos a 0%

Fonte: Usinagem Brasil

A tão esperada retomada dos investimentos no segundo semestre não ocorreu. Pelo contrário, a crise se aprofundou como mostra o balanço do setor de máquinas e equipamentos de outubro, divulgado pela Abimaq, no fim de novembro, e que registra quedas tanto do faturamento (-14,8%), quanto do consumo aparente (-6,2%) na comparação com o mês de setembro.

Com isso, a Abimaq já dá como certa a retração de 25% no volume de negócios em 2016, o que coloca o atual exercício como um dos piores resultados já registrados pela indústria de máquinas e equipamentos no Brasil. De 2012 a 2016, os negócios do setor encolheram 50%. “O mais grave é que os resultados de outubro, que é um segundo mergulho da crise, acaba com a esperança de recuperação este ano e indica um começo de 2017 pior do que se imaginava”, observa Mário Bernardini, diretor de Competitividade da Abimaq.

Para Bernardini, essa mudança no quadro reduz as previsões de crescimento para o próximo ano para números bem próximos de 0%. “A esperança é que o câmbio melhore - não por causa do BC, mas do efeito Trump - e aí, somado com a redução dos juros e as PPIs (com as concessões de todas as obras de infraestrutura e não só aeroportos), possamos ter algum crescimento. Sem isso é 0% ou queda”, considera. A entidade considera, no entanto, que se forem realizadas as reformas da previdência e trabalhista e aprovada a PEC dos gastos é possível se pensar em retomada no próximo ano.

Outros números do balanço da Abimaq ajudam a entender o quadro atual: as exportações, após um bom início do ano, com câmbio mais favorável, estão apenas 1,3% acima do apurado em 2015 (jan-out); no mesmo período, as importações caíram 18,9%, apesar do aumento de 11,3% em outubro na comparação com setembro; o Nuci - Nível de Utilização da Capacidade Instalada caiu para 63,4%, o menor valor da série iniciada em janeiro de 1999; a carteira de pedidos está em 2,5 meses; e o número de empregado é 5,4% menor que o registrado há um ano.

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