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Produção de aço bruto recuará 6,7%, prevê o Instituto Aço Brasil

Publicado em 06/12/2016

Se confirmada a projeção, haverá um retorno aos padrões de 2009

Fonte: Ipesi

A produção brasileira de aço bruto deve fechar o ano 7,6% menor do que em 2015, totalizando 30,7 milhões de toneladas, segundo previsão do Instituto Aço Brasil. É o menor volume de produção registrado desde 2009. Já para as vendas internas de produtos siderúrgicos, está previsto uma queda de 10,1%, chegando a 16,3 milhões de toneladas, mesmo patamar de 2009.

O consumo aparente de aço no País deve ser de 17,9 milhões de toneladas, o que representa redução de 16,2% na comparação com o ano passado. Caso esse resultado seja confirmado, haverá um retorno aos padrões de 2009. O consumo aparente deve crescer 3,5% em 2017, na comparação com este ano, enquanto as vendas devem subir 3,6%.

A intensidade das quedas no desempenho dos indicadores da indústria brasileira do aço vem diminuindo, o que permite dizer que o pior talvez já tenha passado. Porém, esse novo quadro não garante a recuperação vigorosa do setor num cenário ainda difícil devido à manutenção da convergência de fatores estruturais e conjunturais. Com o mercado interno ainda muito enfraquecido, o único caminho para o crescimento no curto prazo é a exportação. Para isso precisamos de isonomia competitiva, proporcionada pela compensação dos tributos não recuperáveis das exportações e redução dos custos de financiamento que elevam o custo Brasil.

Para o Instituto Aço Brasil, a solução parcial no curto prazo é a elevação da alíquota do Reintegra para 5%.

Com a falta de competitividade da indústria brasileira do aço, as exportações apontam desempenho cada vez pior. No acumulado de janeiro a outubro, houve queda de 2,3% na comparação com o mesmo período do ano passado. A previsão é fechar o ano com 13,2 milhões de toneladas de aço brasileiro exportado e receita de US$ 5,5 bilhões. Somados às assimetrias internas, o mercado internacional do aço enfrenta ainda excesso de capacidade de produção, fazendo com que as práticas predatórias e a concorrência desleal prosperem.

Dos 780 milhões de toneladas de excedente de capacidade instalada de aço no mundo, mais de 400 milhões de toneladas estão na China. A concorrência é injusta, pois se dá com empresas que recebem fortes subsídios do governo desse país, diz o Instituto Aço Brasil.

As exportações chinesas de aço que, em 2015, atingiram mais de 110 milhões de toneladas, encontram-se, neste ano, num ritmo de 115 milhões de toneladas. Em 2000, a China participava com 1,3% das importações diretas de aço para o Brasil. Em 2015, atingiram 50,2%. É contra esta concorrência predatória que os governos de vários países estão lutando com diferentes medidas de defesa comercial. No Brasil não deveria ser diferente, sob pena de agravamento da situação da indústria.

O Instituto Aço Brasil entende ser urgente a compensação da não competitividade do aço brasileiro frente a outros países, com o aumento da alíquota do Reintegra para 5%, conforme previsto no parágrafo 2º, art. 22 da lei 13.043/2014 e melhorias na formatação na linha de financiamento Exim do BNDES. Além disso, que seja estimulada a política de conteúdo local e que a China não seja reconhecida como economia de mercado.

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