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Só 11% dos jovens entre 15 e 17 anos têm formação em educação profissional no Brasil

Publicado em 15/09/2016

A taxa de jovens entre 15 e 17 anos no Brasil com formação em educação profissional é de somente 11% do total de adolescentes nesta faixa etária, enquanto, em média, países desenvolvidos formam 50% de jovens nestas condições. Os dados foram destacados pelo diretor do Sesi/Senai – Departamento Nacional, Rafael Lucchesi, em palestra na Conferência Internacional de Educação Profissional, que ocorreu no dia 12 de agosto em Curitiba (PR). Segundo o diretor, a grade curricular da educação básica precisa ser reformulada para também priorizar o estudo voltado ao mercado de trabalho.

Lucchesi diz que o sistema educacional brasileiro é academicista, ou seja, voltado mais para as universidades e menos para o mercado de trabalho. Mas, na realidade, o número de jovens em cursos de graduação no país representa um terço do número que é registrado em países que investem em educação profissional. “No Brasil hoje 17% dos jovens vão para a universidade; nesses países [desenvolvidos] a taxa fica em torno de 40%”, afirma. O diretor do Sesi/Senai acredita que o jovem é desestimulado pelo atual sistema educacional, “sobretudo porque boa parte deles não vê perspectiva. Então nós temos que mudar o sistema educacional brasileiro para tornar o Brasil mais justo, dar mais oportunidade ao jovem, principalmente ao jovem de baixa renda. Certamente a educação profissional pode ser um caminho”.

Como consequência do estímulo à educação profissional, segundo Lucchesi, o país terá mais produtividade, porque o jovem chegará ao mercado de trabalho com uma profissão clara. E isso, complementa, pode ajudá-lo a seguir em um curso de graduação, como engenharias e tecnologias. “Nós temos um modelo educacional muito ruim e ele é impositivo. Você só pode fazer esse modelo, porque há uma regulamentação que impõe um modelo educacional que é muito ruim”, diz o diretor.

Na opinião de Lucchesi, a discussão de reestruturação do modelo educacional passa por pensar o Ensino Médio como um período de transição para os adolescentes, em que parte deles vai seguir para universidades e outra parte para o mundo do trabalho, com educação profissional. O modelo, comenta o diretor, é adotado em países como Alemanha, Áustria, Suíça e, de forma adaptada, na Ásia, como é o caso da Coreia do Sul e Cingapura, que são países com competitividade industrial avançada. “A discussão da base nacional comum curricular abre essa oportunidade de nós flexibilizarmos mais o modelo educacional brasileiro”, comenta.

Nesse sentido, o Senai, que está diretamente ligado à indústria, possui agenda pautada em modernização de materiais didáticos e estrutura de cursos. Lucchesi cita a modernização da educação profissional do Senai em todo o Brasil, com a inclusão de kits, simuladores e cursos semipresenciais, por exemplo. “Nós dobramos a nossa matriz de produção nos últimos cinco anos. Além disso, temos outra atuação importante na área de inovação tecnológica. Criamos 25 institutos Senai de inovação, nas 25 tecnologias transversais mais demandadas pela indústria, como micromanufatura, laser e engenharia de biossintéticos”.

Fonte: Boletim Industrial

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