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Uso de robôs na indústria eletrônica aumentará de forma significativa

Publicado em 09/05/2016




O volume robôs vendidos no mundo em 2015 ultrapassou a marca das 240 mil unidades, o que representa uma expansão de 8%. Tal crescimento foi puxado pela forte demanda do setor automotivo. Os dados são da International Federation of Robotics (IFR).

O mercado de robôs apresenta expansão em todo o mundo. Porém, em comparação com outros mercados, a China continua a mostrar a maior demanda - as vendas cresceram 16%. Apesar da percepção geral de que há um ambiente de investimentos mais reticente, a China ampliou a sua posição de liderança em volume de vendas. Em unidades, foram 66 mil robôs vendidos, incluindo os comercializados fornecidos por fornecedores locais. Porém, as vendas no mercado chinês estão abaixo da previsão da IFR, que era de expansão 30%. A demanda na Ásia, excluindo a China, segue alta com 78 mil unidades vendidas em 2015.

Na Europa, as vendas de robôs industriais apresentaram crescimento recorde de 9%, para cerca de 50 mil unidades vendidas. A Europa Oriental, com expansão de 29%, apresenta-se como uma das regiões globais de mais rápida expansão.

O número de unidades vendidas no mercado da América do Norte também bateu recorde. Nos EUA, Canadá e México um total de 34 mil unidades de robôs foram comercializadas em 2015. Isso representa uma expansão de 11%.

Robôs articulados são, de longe, os do tipo mais vendido.
O amplo leque de aplicações e a grande variedade de modelos disponíveis ajudam a ampliar as vendas deste tipo de robôs em todos os mercados regionais. Em 2015, foram vendidas 150 mil unidades, o que representa uma expansão de 16%, no período de 2010 a 2015, a taxas compostas.

"Na era da Indústria 4.0, a indústria automotiva tem um papel de liderança, quando se trata de soluções de automação flexíveis e no estado da arte e com a colaboração direta entre humanos e robôs", afirma Stefan Lampa, presidente e CEO da Kuka Roboter. Ele acrescenta a que a demanda por soluções de automação cresce de forma constante em praticamente todos os setores. Novos mercados se desenvolvem em áreas em que a automação não era uma questão principal até agora.

Lampa afirma que um mercado particularmente importante é o setor de eletrônicos. A indústria eletrônica experimenta um crescente número de novos produtos, um acelerado ritmo de desenvolvimento e ciclo de vida de produto curto. Assim, a  flexibilidade é da máxima importância.

Não sem razão, há projeções de que indústria eletrônica pode superar, no futuro, em dez vezes a base instalada de robôs na indústria automobilística, embora seja necessário que os fabricantes desenvolvam produtos mais adequados para a indústria eletrônica, incluindo modelos de preços menores.

Diga-se, os preços de robôs em dólares norte-americanos já caíram cerca de 15% nos últimos cinco anos, segundo um executivo do ramo. Tendem a cair mais pelo crescente volume de produção. Além disso, a concorrência no mercado internacional tende a aumentar, já que países como a China e mesmo os Estados Unidos entram na disputa no mercado de robôs. Os Estados Unidos têm a liderança e competência no setor de desenvolvimento de softwares, mas o mesmo não pode ser dito no que tange aos hardwares.

Já na China, há uma verdadeira proliferação de fabricantes de robôs, graças aos estímulos governamentais. Segundo divulgado pela imprensa internacional, no ano passado 35% dos pedidos de patentes relacionados à robótica foram requeridos pela China, mais que o dobro do volume solicitado pelo Japão.

"O crescimento do mercado mundial de robôs avança a passos rápidos", diz Olaf C. Gehrels, CEO da Fanuc Europe Corporation. "Ao longo do caminho, dois marcos tecnológicos foram criados: robôs colaborativos, baseados em robôs standard equipados com controladores testados e comprovados, demonstram estão prontos para uso de rotina no ambiente industrial, e a introdução de robôs de alta capacidade carga, capazes de lidar com itens com peso de até 2.300 kg, agora permitem o emprego de conceitos totalmente novos de fabricação", complementa.

"As vendas globais de robôs em 2015 confirmaram que são dias muito empolgantes na indústria de robótica", comenta Per Vegard Nerseth, diretor gerente da ABB Robotics. De acordo ele, à medida em que 2016 avança nota-se que os tradicionais condutores de demanda da indústria de robótica complementam os modelos existentes com uma grande demanda por soluções relacionadas a Internet das Coisas, serviços e pessoas, o que o faz acreditar que este ano será mais um ano de recordes para o setor.

BRASIL - Segundo dados divulgados pela Yaskawa, no Brasil o volume de robôs comercializados anualmente é relativamente baixo, menos 1,5 mil ao ano.

Para a companhia, o Brasil representa um enorme potencial haja vista a baixa densidade de robôs. No Brasil são menos de 10 robôs por 10.000 trabalhadores. Para se ter uma dimensão do potencial de crescimento desse mercado basta olhar para os números dos países mais robotizados no mundo, Coréia do Sul: 450, Japão: 320, Alemanha: 280 e EUA: 150 (robôs/10.000 trabalhadores).

FUTURO - O estudo "Robot: Market Shares, Strategy, and Forecasts, Worldwide, 2015 to 2021" indica que a adoção de robôs vem ocorrendo em variadas indústrias. Além da automotiva e cita as de eletrônica, química, farmacêutica e de alimentos e bebidas entre outras.

Os altos custos de instalação, segundo o estudo, estão sendo superados e mesmo mercados em desenvolvimento tornam-se cada vez mais viáveis para os fornecedores de robôs. Nos países em desenvolvimento, adoção de robôs ocorre por conta da falta de mão de obra capacitada. Segundo o estudo, os robôs industriais prometem ocupar de 70% a 90% dos postos de trabalho existentes na manufatura.

clique para ampliarclique para ampliarDivulgação Kuka (Foto: Franco Tanio)

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