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Bancos oferecem crédito para quem quer produzir a própria eletricidade

Publicado em 05/08/2016

Procura por sistemas fotovoltaicos é a que mais cresce na maioria das instituições financeiras. Veja características das principais opções nacionais

FONTE: Gazeta do Povo

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O aumento da adesão a sistemas de geração de energia a partir de fontes renováveis no Brasil incentivou muitos bancos a criar, nos últimos anos, linhas de financiamento específicas para tecnologias limpas.

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Com as opções, a aquisição de sistemas fotovoltaicos, eólicos, de biomassa e pequenas centrais hidrelétricas por pequenas, médias e grandes empresas pode ficar mais fácil. Produtores rurais e usuários domésticos, em alguns casos, também são favorecidos por condições especiais e parcerias entre as instituições financeiras e empresas que comercializam e instalam as tecnologias.

As novas linhas facilitam a expansão das soluções renováveis, mas é importante atentar para as taxas de juros e para o tempo de compromisso com as prestações. Os custos das parcelas mensais variam de acordo com o valor do financiamento e do plano contratado e, para serem definidas, também dependem da análise do crédito do interessado. Confira condições de alguns dos principais bancos nacionais.

Santander

De janeiro de 2014 a junho do ano passado, a área de financiamentos do Santander facilitou a adesão a 156 projetos renováveis com aportes que, até 2015, já haviam chegado a R$ 5,9 milhões. Segundo a instituição, o valor médio para compra e instalação de um módulo fotovoltaico em uma residência, por exemplo, fica em torno de R$ 60 mil. Por meio da linha de crédito CDC Eficiência Energética de Equipamentos, dentro de cinco anos – ou 60 meses – o investimento pode ser quitado. O fornecimento de energia a partir do sistema é contínuo por até 25 anos e, segundo o banco, a tecnologia fotovoltaica vem sendo a mais procurada em comparação às demais, principalmente no último ano. De 2015 para 2016, os financiamentos dos sistemas cresceram 35%. Empresas, mas também pessoas físicas podem solicitar o apoio. No último caso, o crédito é concedido diretamente em lojas nacionais de equipamentos fotovoltaicos que sejam credenciadas ao banco. A lista de fornecedores pode ser acessada no site da Absolar (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica). Com negociações, até 100% do valor do projeto pode ser financiado, mas, na maioria dos casos, o Santander apoia 20% do total do investimento. Correntistas e não correntistas podem aproveitar a facilidade. As taxas de juros e os limites de financiamentos são apresentados no ato da contratação, de acordo com as características de cada projeto. O prazo de carência é de 60 dias após a contratação do serviço.

Banco do Brasil

Por meio das linhas de crédito Proger Urbano Empresarial e Proger Turismo Investimento (este último disponível para empresas do segmento turístico), o Banco do Brasil financia investimentos de micro e pequenas empresas em sistemas elétricos mais eficientes ou em geração e distribuição de energia elétrica a partir de fontes solar ou eólica. O saldo dedicado às duas linhas de crédito totaliza R$ 2,4 bilhões. Os recursos são do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) do Governo Federal. As soluções atendem empresas clientes do BB que faturam até R$ 10 milhões por ano e financiam até 80% do valor do projeto. O limite do apoio é de até R$ 1 milhão por empresa e o prazo para o pagamento pode ser de até 72 meses, com 12 de carência, para o Proger Urbano Empresarial e de 120 meses, com 30 de carência, para o Turismo Investimento. O financiamento tem taxa de juros mínima de TJLP (Taxa de Juros de Longo Prazo) mais 4,5% ao ano, que equivale a 0,97% ao mês.

Caixa Econômica

A Caixa incentiva a Produção mais Limpa (P+L) por meio da oferta de crédito a empresas de diferentes portes que estejam dispostas a trocar os equipamentos que utilizam por outros menos poluentes ou mais eficientes. A redução do impacto ambiental e do uso dos recursos naturais nas atividades das companhias são aspectos valorizados para a concessão de créditos pela instituição. A linha BCD (Bens de Consumo Duráveis), mantida com recursos da Caixa, cobre até 100% do valor do bem, é dedicada a empresas de qualquer porte e tem prazo carência de até seis meses. As taxas de juros têm custos a partir de 1,90% ao mês mais TJLP. A linha Finame, com recurso do BNDES, financia até 80% do total do investimento e tem taxas mensais a partir de 1,26%, com prazo carência de três a seis meses. O prazo para pagamento em qualquer das linhas é de até cinco anos, ou 60 meses.

Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE)

Em 2015, o BRDE criou um programa específico de crédito para incentivar projetos de eficiência energética e energias renováveis de empresas, cooperativas e produtores rurais com atuação na região Sul do país ou no Mato Grosso do Sul. O valor mínimo do financiamento para sistemas empresariais é de R$ 240 mil e, para microempresas, de R$ 50 mil. Segundo o BRDE, desde 2011, R$ 1,5 bilhão já foi dedicado ao setor. Projetos envolvendo a construção de centrais ou pequenas centrais hidrelétricas e geração eólica ainda dominam a procura, mas o interesse pelo setor fotovoltaico já é o que mais cresce em relação aos demais. O prazo para o investimento ser abatido varia entre oito a dez anos, podendo chegar a duas décadas, dependendo da necessidade do cliente. A taxa de juros padrão é de TJLP mais 6% ao ano, mas o índice pode ser reduzido conforme análise de crédito. Para projetos no Mato Grosso do Sul, o índice médio é de 9,5% ao ano. Após análise de crédito, o apoio é liberado dentro de 90 dias.

Banco do Nordeste

Em maio do ano passado, o Banco do Nordeste lançou a FNE Sol. A linha, com fundo de R$ 30 milhões, é destinada a empresas de diversos portes e setores, companhias rurais, cooperativas, associações e pessoas físicas dispostas a adquirir um sistema para mini e micro geração de energia. Ela utiliza recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE) e tem prazo de pagamento de até 12 anos, com até um de carência. O investimento pode ser financiado em até 100% e há bônus de 15% no custo das parcelas mensais em caso de adimplência – quando o compromisso financeiro é atendido rigorosamente. Desse modo, para empreendimentos que faturam até R$ 90 milhões ao ano, a taxa de juros que é de TJLP mais 11,18% ao ano pode cair para 9,5%. Aos que faturam mais, a taxa sem o bônus fica em tono de 12,95% ao ano.

Por meio do Pronaf Eco (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar), com recursos do BNDES, o banco favorece a aquisição de sistemas renováveis por agricultores familiares. Os juros variam de 2,5% ao ano para operações de até R$ 10 mil e 5,5% para investimentos superiores a R$ 30 mil.

Banco de Desenvolvimento do Espírito Santo (Bandes)

Desde o início do ano, quando formalizou o apoio à adesão a sistemas renováveis, o Bandes já investiu cerca de R$ 3 milhões em financiamentos por meio da linha Economia Verde. Podem solicitar o apoio empresas que atuem no Espírito Santo. Financiamentos de até R$ 1 milhão para 100% do valor do investimento podem ser concedidos, com taxas de juros anuais a partir de 5,5% mais TJLP. O prazo para pagamento é de até 96 meses, com carência de 36. Após a aprovação do crédito, o tempo médio para a liberação do recurso pode variar entre 20 e 30 dias.

Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES)

O BNDES reúne diversas linhas de crédito que favorecem a adesão de sistemas renováveis. A linha Finem (Financiamentos a Empreendimentos) Energia, por exemplo, é dedicada a empresas ou sociedades com sede ou administração no país. Financia até 80% de projetos de, no mínimo, R$ 20 milhões a TJLP mais 1,5% a 4,18% ao ano, dependendo das características do cliente. O prazo médio para o pagamento do apoio fica entre 16 a 20 anos. Micro, pequenas e médias empresas com disposição para investir em projetos de, no máximo, R$ 300 mil também podem financiar até 80% do bem, com juros de 1,5% a 3% ao ano mais TJLP. O Banco conta também o Fundo Amazônia e o Fundo Clima, que apoiam projetos de eficiência energética, e com o Pronaf Eco. Dedicada a agricultores familiares, a linha financia até 100% de projetos de geração de energia a partir de fontes renováveis. Com limites de R$ 88 mil por beneficiário, o crédito pode ser pago em até 12 anos, com taxas de juros de 5,5% ao ano mais TJLP.

 

Os Observatórios da Fiep possuem 4 Grupos de Trabalho das Rotas de Energia tratando das temáticas Biomassa e Biogás, Eficiência Energética, Planejamento Energético e Políticas Públicas e Solar, Eólica e Hidráulica, atuando no desenvolvimento de projetos estratégicos dos setores produtivos, segmentos da economia e áreas emergentes considerados mais promissores para o desenvolvimento socioeconômico paranaense.

Os encontros dos Grupos de Trabalho acontecem bimestralmente na Fiep – Campus da Indústria e são embasados nas Rotas Estratégicas para o Futuro da Indústria Paranaense que utiliza a metodologia de prospectiva estratégica preconizando a construção coletiva de futuros desejados.

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