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Aneel estuda chamada de P&D para termossolar

Publicado em 29/05/2014

Três temas estão sendo discutidos internamente na Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) com potencial de resultar numa chamada de P&D Estratégico: energia solar por concentração (CSP), armazenamento de energia fotovoltaica por meio de baterias; e energia maremotriz.

Apesar da indefinição, os temas estão no radar da Aneel, informou o assessor da Superintendência de P&D da Aneel Aurélio Calheiros de Melo.

O modelo de energia solar concentrada (da sigla em inglês CSP, Concentrated Solar Power) estudado pela Aneel, explicou Melo, são sistemas termossolares que produzem inicialmente calor, através de um sistema de espelhos (ou concentradores) que concentram a radiação solar, e só então transformam este calor em energia elétrica.

"Espelhos são direcionados para uma torre central. Ali aquece um fluído, que por sua vez alimenta uma turbina. Existem vários projetos desse tipo em operação em países como Espanha e Estados Unidos. Algumas delas a Aneel visitou em missões técnicas em 2013", disse Melo.

Nesses países, segundo Melo, a inclusão da fonte contou com subsídios do governo local. "É uma fonte que precisa de desenvolvimento tecnológico. Ainda não é competitiva com outras fontes, mas é promissora, pois usa recurso do sol."

Embora o projeto não tenha decolado, uma das pioneiras nessa tecnologia no Brasil é a Braxenergy. Para Hélcio Camarinha, diretor executivo da empresa, a tecnologia sondada pela a Aneel não é a ideal para o Brasil, pois o custo de investimento é alto. "A tecnologia CSP mais adequada para o Brasil é a parabólica", afirmou.

De acordo com Camarinha, a tecnologia parabólica é mais simples, pode contar com 90% dos equipamentos produzidos nacionalmente. "O potencial que temos no semiárido brasileiro de energia heliotérmica, ou termossolar ou CSP são de duas Itaipu", disse. A hidrelétrica de Itaipu tem 14 mil MW de potência instalada.

Questionado sobre os motivos que levaram os projetos da Braxenergy a não decolar, o executivo colocou a culpa na falta visão política do governo em relação à energia solar concentrada.

"Não caminhou porque temos um problema de planejamento de energético. A situação que nós estamos mostra isso. Falta de visão estratégica. O País está atrasado 40 anos quando se fala em energia solar. Só enxergam a fotovoltaica. A própria FV tem mais de 12 tipos de tecnologia. A CSP tem vários tipos de tecnologia. A Braxenergy foi a precursora em desenvolver esse tipo de projeto. Fez medições, obteve autorização da Aneel, e isso quando nem se considerava o sol como fonte energética", criticou.

Armazenamento

Outro tema que está relacionado à energia solar, e que pode ser objeto de P&D, é o estudo de energia por meio de baterias. "Como já existe algumas usinas fotovoltaicas em operação no Brasil, existe campo para essa questão", disse Melo, da Superintendência de P&D da Aneel.

O outro tema no radar é a geração de energia por meio de ondas, que não é tão novidade no Brasil. "Tivemos uma experiência com a Tractebel no âmbito de P&D. Eles implantaram uma geração pequena no Porto de Pecém, no Ceará. Lá teve alguns problemas técnicos", disse Melo.

Recentemente, os técnicos da Aneel visitaram um centro de produção de energia por meio de ondas na Escócia, e entenderam que é possível desenvolver algo semelhante no Brasil. O investimento nesse tipo de pesquisa seria incentivado por meio do P&D.

"Todas essas iniciativas de chamadas estratégicas são discutidas com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), para ver se está alinhado com o que eles consideram como relevante para investir", explicou.

O percentual mínimo regulado pela Aneel o qual as empresas são obrigadas em investir em P&D é de 0,20% da receita operacional líquida para as distribuidoras e de 0,40% para as concessionárias de geração e transmissão.

Segundo Melo, esse valou chegou a aproximadamente R$390 milhões em 2012. "Em 2013, os números devem estar nessa faixa, um pouco menor porque algumas concessionárias tiveram redução de receita com a Medida Provisória 579/12", concluiu.

Informação de: Jornal da Energia

 

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