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Redes inteligentes devem movimentar US$ 36 bi na década

Publicado em 03/09/2013

As primeiras encomendas de distribuidoras de equipamentos para redes inteligentes (smart grid em inglês) de energia elétrica já estão alterando a agenda de Gadner Vieira, gerente geral dos negócios de eletricidade da Itron na América Latina. Após fechar parte de um pedido para a CPFL Energia, que está instalando medidores inteligentes para cerca de 25 mil clientes de média e alta tensão, a empresa está de olho em novas encomendas que deverão surgir ao longo dos próximos meses no mercado nacional, que, segundo estimativas da consultoria Northeast, poderão movimentar US$ 36 bilhões em investimentos nessa década.

Hoje esse segmento representa cerca de 10% dos negócios da empresa no Brasil, mas, em três anos esse percentual poderá pular para 50%. "Hoje estamos importando um pequeno volume para atender aos pedidos. Mas, se a expansão das redes se tornar realmente uma realidade, poderemos produzir localmente em três anos", diz Vieira. O ponto mais visível do smart grid é o medidor eletrônico, que permite leituras mais precisas da conta de luz e pode "dialogar" com a central da distribuidora, informando a localização de um eventual problema na rede.

De acordo com estimativas do mercado, o setor hoje conta com 65 milhões de medidores, sendo que o custo de um equipamento inteligente pode superar R$ 500, enquanto o tradicional custaria menos de R$ 100 a unidade. Enquanto o modelo tradicional tem um tempo de vida de 25 anos, o novo tem uma duração menor, estimada em 13 anos.

No momento, os principais projetos de redes inteligentes têm sido tocados no Brasil pelas empresas com recursos de Pesquisa & Desenvolvimento do programa da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), fomentado com recursos que as concessionárias têm de aplicar em inovação. Para que as redes possam ganhar maior capilaridade pelos quatro cantos do país, será preciso resolver o custo de implantação das redes.

"Os medidores modernos custam, pelo menos, duas vezes mais que os tradicionais. Como ficará essa implementação? Será compartilhada por governo, consumidores e empresas?", pondera Vieira. A EDP Brasil, uma das primeiras que desenvolveram projetos para a adoção das redes inteligentes no Brasil, trabalha em iniciativas em Aparecida (SP) e em dois municípios do Espírito Santo.

"Quando fizermos toda a instalação dos medidores, iremos ver a rentabilidade dos projetos. Mas todas as iniciativas no setor têm sido feitas dentro dos projetos de P&D da Aneel. A implementação das redes em mais cidades e a velocidade dessa adoção dependerão dos sinais econômicos dados", diz Miguel Setas, vice-presidente de distribuição e inovação da EDP Brasil.

O smart grid também poderá ter impacto sobre o cenário de investimentos no setor nos próximos anos. "Ele poderá permitir uma grande eficiência na rede, já que as concessionárias terão melhor conhecimento de onde se consome mais, as maiores deficiências. E isso poderá fazer com que haja uma necessidade de menores investimentos em novas usinas, por isso acho que sua implementação poderia ser acelerada, porque isso poderia até contribuir para a redução sobre a pressão dos preços da energia elétrica", afirma José Luiz Alqueres, ex-presidente da Light e da Eletrobrás.

Hoje as concessionárias têm milhares de funcionários encarregados de ler o relógio de luz nas residências de milhões de clientes. Com a leitura mais apurada, se perde essa necessidade. Também reduzem-se perdas comerciais. "Esperamos redução de perdas comerciais na rede da CPFL. Ao dialogarem entre si, os medidores podem nos informar se eles foram abertos ou se foram alvo de uma eventual fraude e, como há leituras a cada cinco minutos, podem-se acompanhar discrepâncias do consumo com precisão", diz Paulo Ricardo Bombassaro, diretor de engenharia da CPFL Energia.

A evolução das redes poderá ter impacto sobre outro elo da cadeia: a microgeração de energia elétrica a partir de microgeradores solares ou eólicos. Em Búzios, a Endesa está instalando medidores bidirecionais, que além de analisar o consumo também podem avaliar se a residência está gerando energia para o sistema. Na Europa, em países como a Alemanha, houve maciço interesse de clientes que instalaram painéis fotovoltaicos ou microgeradores eólicos nas residências para conseguir gerar energia e ter uma fonte adicional de receita.

"Em até três ou quatro anos, podemos ver instalações maciças em residências, por isso, estamos fazendo testes de comportamento da rede, para que, se isso ocorrer, estejamos preparados para esse cenário", destaca Orestes Castañeda, coordenador do projeto da cidade inteligente em Búzios.

"O smart grid vai representar uma quebra de paradigma, já que traz consigo o potencial de mudar a forma como os consumidores tratam a energia", diz o presidente da Empresa de Pesquisas Energéticas (EPE), Mauricio Tolmasquim. "Além de racionalizar o uso da energia, o que elevará a produtividade e poderá exigir menos investimentos em novas usinas, ele poderá transformar o consumidor em micro gerador", afirma.

Ele ressalta que o smart grid é uma tecnologia em desenvolvimento no mundo, que será implementada ao longo dos anos no Brasil e que exige pesados investimentos. A implementação das redes permitirá que máquinas e equipamentos conversem entre si, buscando maior eficiência e que cada eletrodoméstico tenha seu consumo em tempo real avaliado pelo consumidor, que poderá ter à sua disposição tarifas diferenciadas por horário. Assim poderá gerenciar o horário de funcionamento de alguns eletrodomésticos e, pelo celular, poderá desligar ou ligar um aparelho para reduzir o consumo.

Informação de: Valor Econômico

 

Coment�rios

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por JOÃO ALBERTO LEMOS AFONSO - Sexta-feira, 06 de Setembro de 2013 - 09:48:47 - Comentar

Excelente, o Smart Grid é o futuro, preciso de informações também para SUBSÍDIOS para Geração Distribuida Residencial ATRAVÉS DE Energia Solar e Eólica.


por JOÃO ALBERTO LEMOS AFONSO - Sexta-feira, 06 de Setembro de 2013 - 09:48:44 - Comentar

Excelente, o Smart Grid é o futuro, preciso de informações também para SUBSÍDIOS para Geração Distribuida Residencial ATRAVÉS DE Energia Solar e Eólica.


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