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Produção de carne bovina aumenta 45% no Brasil em 15 anos, diz Mapa

Publicado em 25/04/2016

bovinos

A produção de carne bovina no Brasil aumentou 45% nos últimos 15 anos, divulgou nesta sexta-feira (22) o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Em 2015, um total de 9,2 milhões de toneladas do alimento foram comercializadas no país. Em 2000, o balanço havia fechado em 6,3 milhões de toneladas.

Em relação ao número de cabeças de gado no país, o incremento do rebanho no mesmo período foi de 25%. Enquanto em 2000 havia 171 milhões de cabeças, em 2015 o número fechou em 214 milhões. Conforme o Mapa, trata-se do maior rebanho comercial bovino do mundo, com cerca de 75% do total para o consumo interno e o restante para exportação.

Rymer Tullio, pesquisador da Embrapa Pecuária Sudeste, em São Carlos, estado de São Paulo, coloca o aumento no preço pago pela carne nos últimos anos e o desenvolvimento de tecnologia aplicada ao setor como os principais responsáveis pelos números positivos. “Nós temos hoje uma melhoria das pastagens, uma redução na idade de abate de em média quatro anos 15 anos atrás para até três anos. Isso tira o animal do pasto antes, disponibiliza área para produzir mais.”

Sobre o rebanho ter aumentado menos em número de cabeças do que em produção total, Tullio enfatiza uma mudança de filosofia nas propriedades pecuárias. “O produtor tem que levar em consideração que está produzindo carne, não criando boi. O criador de boi, ele não está preocupado se está produzindo mais. Se a vaca está parindo, não está preocupado com as contas da fazenda. Já o pecuarista que leva o seu negócio como uma indústria está preocupado com as contas, com o funcionamento da sua indústria de produção de carne.”

Paulo Rossi Júnior, coordenador do Centro de Informação do Agronegócio da Universidade Federal do Paraná (UFPR), responsabiliza principalmente o aumento da demanda de exportação o crescimento de 45% em 15 anos. “A grande questão é o mercado externo, como por exemplos os Estados Unidos e a Europa. Eles não têm muito mais para onde crescer. Então, nós tivemos que assumir uma parte do mercado deles que estava em aberto.”

Para Júnior, o avanço na tecnologia tem grande influência nos números, que devem continuar melhores nos próximos anos. “Mesmo com todas as melhorias, somos ainda considerados ruins em produtividade. Temos muito onde crescer. Nós saímos de uma lotação de 0,8 animais por hectare, para 1,1 animal por hectare nos últimos 15 anos. Hoje já temos disponíveis sistemas altamente produtivos, que conseguem colocar de 2,5 a três animais por hectares.

Com informações de Gazeta do Povo

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