Bactéria letal é encontrada em fruta e tira suspeita de ovos e aves
Publicado em 07/08/2017
Um novo surto de salmonela nos Estados Unidos - provocado por um tipo letal da bactéria encontrada em cargas de
mamão papaya (do tipo Maradal) vindas do México - é o exemplo mais recente do risco de contaminação
de frutas e verduras frescas, e não pelos habituais suspeitos: ovos e frango.
Segundo pesquisas sobre surtos de salmonela do Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados
Unidos, a maioria dos casos desde 2006 está ligada ao consumo de produtos crus. Durante o período, houve aproximadamente
30 diferentes surtos de salmonela ligados a frutas, vegetais, nozes e derivados. Ao mesmo tempo, foram 20 casos relacionados
ao consumo de carnes, aves, ovos e produtos similares.
Além disso, um levantamento do Centro de Prevenção e Controle de Doenças (CDC) mostra que,
de 1996 a 2010, foram relatados 131 surtos relacionados a produtos frescos, resultando em 14.350 casos confirmados, com 1.382
pessoas hospitalizadas e 34 mortes. Esses casos estavam associados ao consumo de aproximadamente 20 diferentes tipos de produtos
.
Entre os surtos que tiveram resultados letais, um deles, em 2015 , estava ligado ao consumo de pepinos mexicanos, resultando
em seis mortes. Outro surto foi relacionado à pasta de amendoim, e aconteceu entre 2008 e 2009, levando à morte
nove pessoas. Como resultado, um produtor de amendoim do estado da Geórgia acabou condenado a 28 anos de prisão.
A bactéria encontrada no mamão papaya já levou uma pessoa à morte na cidade de Nova York, com
47 pessoas infectadas em 12 estados e dezenas de hospitalizações, segundo o CDC. O órgão recomendou
aos consumidores não comerem, aos restaurantes não servirem e aos varejistas não venderem a fruta do
tipo Maradol com origem no México.
Especialistas em segurança alimentar afirmam que o aparecimento de surtos de salmonela relacionados à produção
de alimentos reflete duas forças opostas da sociedade norte-americana: consumidores que desejam comer alimentos mais
saudáveis e a aversão da agricultura comunitária por regras que elevam os custos.
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