OIE declara Brasil livre de mais uma doença; certificado facilita abertura de mercados, diz Mapa

Publicado em 01/06/2017

O Brasil foi reconhecido pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), por unanimidade, como país livre da pleuropneumonia contagiosa bovina (CBPP, em inglês). A certificação foi entregue no último dia 24 de maio durante a reunião anual da OIE, em Paris, França. De acordo com a OIE, “a concessão reflete a transparência e a qualidade do serviço veterinário do país”.

“A declaração da OIE agiliza a negociação de acordos sanitários com outros países e, consequentemente, a abertura de mercados, porque o Brasil não precisará mais declarar que o rebanho não tem esta doença”, disse em nota Luis Rangel, secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Rangel participou do encontro junto ao representante do Brasil na OIE, o diretor do Departamento de Saúde Animal do Mapa, Guilherme Marques.

A pleuropneumonia contagiosa bovina é uma doença de bovinos e búfalos causada por bactéria. Ataca os pulmões e a membrana (pleura) que reveste o tórax. Por ser altamente contagiosa, com taxa de mortalidade de até 50%, causa altas perdas econômicas. Para reduzir a infecção, existe vacinação com um tipo atenuado da bactéria. Não há casos de contágio em seres humanos nem risco à saúde pública.

Na avaliação do secretário, o reconhecimento da OIE é mais uma conquista da defesa sanitária animal. O próximo passo será declarar o Brasil como país livre da aftosa com vacinação, o que deve ocorrer em maio de 2018.

Retirada da vacinação contra aftosa

Rangel disse também que o Brasil já apresentou sua estratégia para retirada gradual da vacinação contra a aftosa. Mesmo com a vacina sendo um seguro tecnológico do rebanho, o secretário pondera que se o país for declarado livre da doença, é natural que seja planejada a retirada da imunização, o que reduzirá os custos de produção. Mas será uma transição feita com cuidado, disse ele.

“O plano foi muito bem elaborado, sendo um dos melhores dos últimos tempos, formulado com a participação de todos os setores da produção envolvidos, com muita segurança”, garantiu o secretário.

Fonte: Carnetec