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Governo detalha motivo de investigações em cada uma das 21 plantas frigoríficas

Publicado em 24/03/2017

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) divulgou na terça-feira (21) uma lista detalhando as condutas que a Polícia Federal está investigando em cada uma das 21 plantas frigoríficas incluídas na Operação Carne Fraca.

Na unidade de carne de aves da BRF em Mineiros (GO), uma das três plantas interditadas temporariamente pelo governo federal, a PF investiga “corrupção, embaraço da fiscalização internacional e nacional, tentativa de evitar suspensão de exportação”, segundo as informações no documento disponibilizado online pelo Mapa.

As outras duas unidades interditadas, pertencentes à Peccin Agro Industrial em Jaraguá do Sul (SC) e Curitiba (PR), são investigadas por “utilização de carne estragada em salsicha e linguiça, utilização de CMS [carne mecanicamente separada] acima do permitido, uso de aditivos acima do limite ou de aditivos proibidos”.

Na planta da Seara Alimentos em Lapa (PR), pertencente ao grupo JBS, que não foi interditada, as investigações estão focadas em potenciais “irregularidades no procedimento de certificação sanitária”, informou o Mapa.

A JBS disse mais cedo que não foi acusada de vender carne contaminada ou podre, e que não há alegação nos documentos oficiais do juiz responsável pelo caso de que a JBS e seus executivos violaram procedimentos de segurança alimentar e qualidade de produtos ou estiveram envolvidos em desvios de conduta.

Um funcionário da empresa está sendo investigado, mas a companhia argumenta que ele não tem função estratégica ou executiva na companhia.

A BRF negou acusações de comercialização de carne podre, afirmando que não compactua com práticas ilícitas e “refuta categoricamente qualquer insinuação em contrário”.

A indústria de carnes e o governo brasileiro têm buscado afastar dúvidas de importadores e consumidores internos quanto à qualidade dos produtos cárneos brasileiros, depois que a Polícia Federal anunciou na sexta-feira (17) a operação para desmantelar um esquema de pagamento de propinas envolvendo 33 funcionários públicos agropecuários e 21 plantas frigoríficas.

O presidente Michel Temer condenou na terça-feira (21) o “alarde” em relação às notícias sobre a investigação. O ministro da Agricultura, Blario Maggi, já havia dito na segunda-feira (20) que a Polícia Federal foi alarmista.

Até o fim da tarde de terça-feira (21), pelo menos China, Chile, União Europeia, Hong Kong, Japão e México haviam banido temporariamente, total ou parcialmente, importações de carnes brasileiras, segundo informações oficiais. 


Por Anna Flávia Rochas disponível em CarneTec

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