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Workshop marcou início das atividades do projeto BPP Ovos

Publicado em 27/04/2016

bpp

A sustentabilidade da cadeia produtiva de ovos, primando pela biosseguridade dos plantéis, a preservação ambiental, a qualidade dos alimentos e a saúde e bem-estar das aves e dos trabalhadores rurais, é a questão chave do projeto Boas Práticas de Produção na Postura Comercial – BPP Ovos, liderado pela Embrapa Suínos e Aves. A equipe esteve reunida nos dias 12 e 13 de abril, num workshop, para dar início formal aos trabalhos junto aos parceiros. 

Para a Embrapa, dois pontos importantes deste projeto estão na aplicação das boas práticas no campo e na parceria estabelecida. "O projeto BPP Ovos reforçará as ações por meio de um trabalho em equipe, proporcionando uma melhora significativa na produção porque alia pesquisa e atuação direta no campo", comentou o chefe de Transferência de Tecnologia, Marcelo Miele.

A abertura do evento foi coordenada pelo líder do projeto, o analista João Dionísio Henn, que destacou os planos de ações e as principais atividades que serão desenvolvidas ao longo dos próximos três anos. Ele também enfatizou que a intervenção do projeto ocorrerá com o apoio de três parceiros: Granja Pedal (Santa Catarina), Naturovos (Rio Grande do Sul) e Coopeavi - Cooperativa Agropecuária Centro Serrana (Espírito Santo).

De acordo com João Dionísio, o objetivo principal do projeto será desenvolver um modelo de gestão baseado em boas práticas de produção na postura comercial. A equipe também estará focada na sustentabilidade do negócio, na questão sanitária, na capacitação, na atualização das BPP da Embrapa, na padronização de procedimentos e na transferência de tecnologia. Tudo isso por meio de cinco planos de ação.  "A nossa expectativa é que o projeto possa ir além das Unidades de Referência Tecnológicas que vamos implantar, se estendendo a outros cooperados", comentou o analista.

Na sequência do workshop, foi a vez dos parceiros apresentarem suas instituições e empresas, além de apontar as expectativas. Para o médico veterinário da empresa Coopeavi, do Espírito Santo, Nielton Cesar Ton, a expectativa para o projeto é das melhores. "Estamos otimistas quanto ao projeto, porque acreditamos que a pesquisa contribuirá com o a desenvolvimento da avicultura no estado", comentou. A empresa se mostra aberta a implantação das BPP junto aos seus cooperados. "Pretendemos implantar as boas práticas não somente com nossos cooperados, mas estendê-la a outros produtores possibilitando assim desenvolver uma avicultura socioeconômica, aliada a questão ambiental, para agregar valor e qualidade ao produto final". A Coopeavi está localizada na cidade de Santa Maria de Jetibá, no Espírito Santo, e será uma das parceiras a receber a intervenção do projeto.

Outra parceira no projeto é a Associação dos Avicultores do Estado do Espírito Santo, a AVES. Para Nélio Hand, representante da instituição, o projeto poderá contribuir muito com a avicultura nacional e a expectativa está especialmente com as pequenas propriedades. "A avicultura precisa evoluir e através do projeto teremos condição de auxiliar os produtores a trabalhar melhorias nas propriedades, condizentes com a legislação e em relação ao mercado", destacou ele. Outro ponto importante para Nélio está na atuação em parceria com as demais instituições. "É uma oportunidade muito interessante trabalharmos junto com outros estados e instituições como a Embrapa e a ABPA, visando sempre a melhoria da postura nacional".

As ações do projeto também terão intervenção junto a Naturovos, de Salvador do Sul, no Rio Grande do Sul. De acordo com o médico veterinário Flávio Renato Silva, a participação da empresa no projeto BPP Ovos é uma oportunidade de ampliar a parte técnica e favorecer a visibilidade da postural comercial. "Ao concretizarmos as boas práticas temos certeza de que novos mercados serão abertos para a cadeia de ovos, inclusive com exportação".

Um dos painéis do workshop foi sobre o "Plano Nacional de Sanidade Avícola: Realidade nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Espírito Santo", que apresentou a situação da atividade nestes estados e no Brasil. A abertura e a coordenação do painel foi da pesquisadora Sabrina Duarte Castilho, que iniciou com a abordagem do Fiscal Federal Agropecuário e Coordenador de Sanidade Avícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Bruno Rebelo Pessamilio. Também fizeram apresentação Priscilla Belleza Maciel, da Cidasc, Flávia Bomancini Borges Fortes, da PESA/SEAPI/RS, e Luciana Fischer Gaspar, do IDAF/ES.

Para o fiscal federal do Mapa, Bruno Pessamillio, o projeto se apresenta com um grande potencial para atuar na biosseguridade das propriedades avícolas, uma vez que preconiza a aplicação de boas práticas. "O Mapa há muito tempo vem trabalhando para melhorar a biosseguridade dos estabelecimentos avícolas, porém sabemos que a postura ainda precisa de melhorias. Por isso, temos expectativa que o projeto poderá contribuir com o setor, com informações, orientações técnicas, ajudando o produtor a entender as normativas, aplicar as boas práticas e estudar novas propostas e medidas sanitárias. Enfim, tudo isso refletindo num plantel mais seguro e protegido", afirmou.

A representante do Programa de Segurança Avícola do Rio Grande do Sul, Flávia Bomancini Fortes, também destacou a expectativa de proporcionar à cadeia de postura uma dinâmica mais segura e competitiva. "A postura comercial precisa de um norte mais estruturado e oficial de como executar seus procedimentos, em especial de biossegurança. E, esperamos do projeto mais do que um documento, mas sim que possamos tornar a postura mais competitiva, assim como a avicultura de corte".

Para Priscilla Belleza Maciel, da Cidasc, a expectativa de participação no projeto de boas práticas está especialmente na possibilidade de aumentar a biosseguridade da avicultura catarinense. "Pretendemos ser realmente parceiros para construir a mudança no setor aqui no Estado", frisou ela.

No Espírito Santo a expectativa é a mesma em relação à aplicação do projeto. A representante do IDAF, Luciana  Fischer Gaspar, destacou que a iniciativa é excelente e irá agregar muito à produção. "A avicultura tem potencial e poderemos atuar especialmente em questões que hoje impactam o setor, como a biosseguridade e os registros", comentou ela.

A representante da Associação Brasileira de Proteína Animal e do Instituto Ovos Brasil, Tabatha Lacerda, também vê no projeto uma boa saída para a postura comercial no Brasil. "O setor de postura tem um potencial muito grande dentro da produção e temos que buscar agregar valor ao produto, aplicando práticas de melhorias e de segurança ao plantel. O projeto possibilitará replicar o resultado valorizando a cadeia de ovos".

De acordo com o líder do projeto, João Dionísio, o workshop que marcou o início dos trabalhos superou as expectativas. "Reunimos toda a equipe de trabalho com as empresas parceiras, o Mapa e o serviço oficial dos estados para conhecer melhor o projeto e discutir sobre a avicultura de postura no Brasil. A participação do serviço oficial dos estados e do Ministério desde o início do projeto é fundamental e ressalta a importância do projeto. Isso nos dá também uma certeza maior de acertos nas ações nas granjas. Estaremos bem alinhados com o que a legislação determina e o que será fiscalizado. Assim, esperamos obter benefícios importantes para as empresas participantes, que estão dedicando recursos nesse início", explicou.

Outro apontamento feito por João Dionísio é o de que com esta parceria firmada desde o início a possibilidade é muito maior de atingir, através dos exemplos didáticos produzidos no projeto, o maior número possível de produtores e contribuir para o sucesso da avicultura de postura, com granjas eficientes, com biosseguridade e com produtos de excelente qualidade para o consumidor. "Foi muito importante o esforço da cada um para participar do evento, o que demonstra o engajamento e a motivação de todos para que este projeto possa produzir resultados promissores", enfatizou.

Os passos seguintes do projeto incluem a conclusão do material técnico sobre boas práticas de produção na postura comercial e o início dos trabalhos nas propriedades. Na primeira visita para as atividades de intervenção nas empresas parceiras serão identificadas as propriedades participantes, realizando um diagnóstico inicial para definir as ações prioritárias.

 

Com informações de MAPA.

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