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Pesquisa da USP busca descobrir genes que impactam na maciez da carne

Publicado em 23/03/2016

bovinos

Com crise ou sem crise, todos gostam de comer um churrasco delicioso e bem macio, não? Na tentativa de chegar a uma resposta que solucione alguns problemas de qualidade relacionados à carne bovina, o Departamento de Zootecnia da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (USP/ESALQ), saiu na frente e realizou uma pesquisa para analisar a qualidade da carne vermelha e tentar descobrir os genes que impactam na maciez da carne, viabilizando possíveis melhorias para a indústria alimentícia, considerando a alta competitividade e exigência do mercado nacional e internacional.

Sob orientação do professor Luiz Lehmann Coutinho, durante três anos os alunos Tássia Mangetti Gonçalves e Vinícius Henrique da Silva utilizaram para análise a raça Nelore, que corresponde a aproximadamente 80% do gado brasileiro. A pesquisa identificou alguns pontos importantes

Simplificando, os cientistas mapearam no genoma dos animais um tipo de variação genética recém descoberta e investigaram quais animais tinham determinados genes deletados e quais tinham os mesmos genes com muito mais cópias do que um animal comum. O outro objetivo foi analisar o impacto fisiológico e fenotípico devido à ausência ou abundância desses genes.

O resultado da pesquisa mostrou que a maciez da carne pode ser regulada através do metabolismo do animal, especialmente pela morte celular programada. De acordo com um dos alunos, a pesquisa também indicou que outros genes podem ser responsáveis pela maciez da carne em animais de raças zebuínas. Além disso, também foram identificados dois microRNAs como potenciais reguladores da maciez do animal.

“Com o uso de informações genômicas no melhoramento, há o aumento de ganhos genéticos e a acurácia da seleção, gerando uma nova era na ciência animal”, destacou Tássia, que também reforçou a importância do estudo para o agronegócio e para a economia do país.

A pesquisa foi realizada em parceria com a Embrapa Pecuária Sudeste, com coordenação da pesquisadora Luciana Correia de Almeida Regitano, e também contou com apoio de universidades nacionais como a Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), além de internacionais como a Iowa State University (ISU) e a Ludwig-Maximilians-Universität, em Munique, na Alemanha.

Com informações de Gazeta do Povo

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