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Consumers International convoca redes de fast food para campanha contra antibióticos na carne

Publicado em 19/11/2015

A Consumers International (CI) convocou as principais redes internacionais de fast food para participar da campanha contra o uso de antibióticos na carne, que será lançada nesta quarta-feira, primeiro dia do 20º Congresso Mundial da entidade, que acontece pela primeira vez no Brasil. A campanha foi colocada em marcha durante a Semana Mundial de Conscientização da Resistência aos Antibióticos, evento organizado pela Organização Mundial de Saúde, e já conta com a adesão de 33 organizações-membros da CI em 29 países, entre eles Japão, Coreia do Sul, França, Namíbia e Brasil.

A CI procurou as redes McDonald's, Subway e KFC para obter informações sobre suas políticas internacionais relacionadas ao uso de antibióticos. Nas cartas enviadas, a Consumers International pede às empresas que definam um plano de ação com prazos para eliminar gradualmente o uso rotineiro de antibióticos utilizados em medicina humana em todas as cadeias de fornecimento de carne e aves de curral. As empresas têm até o dia 23 de dezembro para responder.

A Arcos Dourados, que opera o McDonald's no Brasil, já anunciou seu compromisso com o uso responsável de antibióticos em animais destinados para o consumo. Esta política inclui o rastreamento de categorização de antibióticos da Organização Mundial da Saúde (OMS) definida como “crítico”, “altamente importante” e “importante” para a medicina humana.

“Alimentos de qualidade provêm de animais saudáveis que vivem em um planeta sustentável. Queremos garantir a proteção da saúde dos animais que fazem parte de nossa cadeia de fornecimento, enquanto resguardamos a futura eficácia dos antibióticos” afirma Leonardo Lima, Diretor de Sustentabilidade da Arcos Dorados.

A Arcos Dourados ressalta que só oferece alimentos de fornecedores que garantem que seus animais são criados respeitando os seguintes princípios: proibir o uso de qualquer antibiótico para promover o crescimento animal; proibir o uso, em animais, de qualquer antibiótico que não seja aprovado para uso veterinário; todos os antibióticos usados em tratamentos para curar ou prevenir doenças devem ser administrados sob a supervisão de um veterinário; e promover o bem-estar dos animais e condições de criação saudáveis, para reduzir a necessidade de antibióticos.

Em Brasília para participar do Congresso Mundial da CI, Amanda Long, diretora-geral da entidade, disse que se a resistência aos antibióticos continuar crescendo sem controle, os resultados serão catastróficos:

“Redes globais de fast food estão em condições de utilizar seu enorme poder de compra para ter um impacto real sobre o uso de antibióticos na produção de alimentos e, assim, estabelecer a agenda para outras empresas, além de promover a consciência pública em relação a esta crise que se avizinha”.

A diretora-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Margaret Chan, ressaltou o papel dos consumidores em um discurso pronunciado diante dos ministros de Saúde do G7 no mês passado:

“As organizações de consumidores e a sociedade civil podem desempenhar um papel importante na luta contra a resistência aos antimicrobianos. São motores importantes, ativistas e protagonistas de primeira linha, sobretudo nesta era de redes sociais. Os consumidores que questionam a segurança dos alimentos produzidos a partir de animais fortemente medicados, e tomam decisões de compras conscientes, podem ter um profundo impacto em práticas da indústria”.

A OMS alerta que a resistência aos antibióticos está aumentando a níveis perigosamente altos em todas as partes do mundo e, sem uma ação urgente, caminhamos em direção a uma era pós-antibióticos, na qual as infecções comuns e lesões menores podem voltar a matar. Cerca da metade dos antibióticos produzidos em todo o mundo é utilizada na agricultura, sendo que uma grande quantidade é usada para promover o crescimento mais rápido e prevenir em vez de tratar da doença. Apesar da preocupação mundial pelo uso excessivo desses medicamentos, seu uso na agricultura deve aumentar dois terços em 2030: de 63.200 toneladas em 2010 para 105.600 toneladas em 2030.

Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/economia/defesa-do-consumidor/consumers-international-convoca-redes-de-fast-food-para-campanha-contra-antibioticos-na-carne-18078617#ixzz3rvzWIPwQ 

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