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ALA divulga Carta de Guayaquil com recomendações sobre Influenza Aviária

Publicado em 11/11/2015

AVESA Associação Latino-americana de Avicultura (ALA) divulgou hoje a Carta de Guayaquil, com uma posição consolidada e uma série de recomendações que busca unificar as ações dos países do continente latino-americano na luta e prevenção aos focos de Influenza Aviária de alta patogenicidade.

A carta, elaborada a partir de debate iniciado junto à ALA pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) durante o Congresso Latino-americano de Avicultura (realizado na primeira quinzena de setembro, no Equador), aborda questões relacionadas à Biosseguridade, Programas de Análise de Risco, Vigilância Epidemiológica Ativa e Passiva e a Quarentena Sanitária para visitantes das granjas. 

A carta trata também da consolidação de programas nacionais de regionalização e compartimentação e da criação de fundos de indenização. 

“Os fundos de emergência são fundamentais para estimular os produtores a notificarem as ocorrências. No caso do Brasil, a maioria dos estados produtores já contam com fundos deste tipo. De outra parte, o estabelecimento de compartimentos e a regionalização da produção permitem um rastreamento mais preciso do sistema produtivo, tornando mais efetivo o combate a eventuais focos”, destaca Ariel Mendes, Diretor de Produção da ABPA.

Um dos pontos mais importantes do documento é a criação de um grupo de trabalho latino-americano, com o objetivo de construir uma estratégia continental de contingência para a garantia de abastecimento de material genético.  O grupo é formado por representantes de quatro regiões geográficas do continente: o México, a América Central e Caribe, a Região Andina e os países do Mercosul.

“A construção de alternativas para o fornecimento de material genético para os produtores é uma questão de segurança produtiva, em especial, para os países que não contam com casas genéticas”, destaca Francisco Turra.

Durante o último encontro da ALA também foi criado um grupo de trabalho do Mercosul, com o objetivo de estabelecer um plano estratégico comum para os países da região. O grupo tem reunião programada para outubro, em Montevideo (Uruguai).

 

COMITÉ TÉCNICO CIENTÍFICO (CTC)

ASSOCIAÇÃO LATINOAMERICANA DE AVICULTURA (ALA)

CARTA DE GUAYAQUIL

8 de setembro de 2015

 

Frente ao inexorável e preocupante avanço da Influenza Aviária de Alta Patogenicidade na América do Norte e no mundo, e frente ao grave risco de um possível desabastecimento mundial dos planteis de linhagens genéticas leves e semi-pesadas de poedeiras e das linhas genéticas pesadas para produção industrial de carne de frango e perus em âmbito global, o Comitê Técnico Científico (CTC) da Associação Latinoamericana de Avicultura (ALA) faz as seguintes recomendações aos produtores avícolas, à comunidade científica e aos serviços veterinários oficiais dos países da América Latina:

 

1-    Biosseguridade: proceder e ajudar a estabelecer uma metodologia para auditorias com o objetivo de avaliar com critérios imparciais os objetivos e sua forma de medição para qualificar os níveis de Biosseguridade das empresas avícolas;

2-    Programas de Análise de Risco: É de vital importância que o setor privado avícola, em coordenação com os serviços veterinários oficiais de cada país, leve a cabo estudos de Análise de Risco, contando com o apoio, se necessário, de especialistas da APHIS/USDA, da OIE e de organismo como IICA, OIRSA e OPS.

3-    Vigilância Epidemiológica Ativa e Passiva: Cada país, através dos Serviços Veterinários Oficiais, deverá implementar um programa de vigilância epidemiológica ativa e passiva em aves comerciais, de fundo de quintal (caipiras) e em aves silvestres migratórias em corredores de voo e em zonas úmidas.

4-    Quarentena Sanitária para Pessoal de Serviço em trânsito nas Granjas: Estabelecer o número de dias de quarentena de vazio sanitário para o pessoal técnico de serviço externo que visitam as granjas.  Os membros do CTC propuseram: 5 dias de quarentena, de acordo com o lugar de precedência do visitante (se país livre de IA, país com vacinação, país com focos, etc.).

5-    Regionalização e Compartimentação: Avançar na implementação dos conceitos e ações de Regionalização e Compartimentação, assim como em documentos de entendimento entre os países da região que permitam seu uso, principalmente para as exportações e importações de material genético (ovo fértil, pintinhos e pintinhas de três dias).  Anteriormente, serão acompanhados da harmonização da legislação e da equivalência de exames de diagnóstico oficial.

6-    Indenização: Avançar em cada país para a necessidade de assegurar as indenizações de perdas potenciais aos avicultores por danos causados por focos de Influenza Aviária, especialmente, para estimular a notificação imediata em caso de ocorrências de focos.  Dar prioridade para que as associações de avicultores de cada país criem com máxima brevidade possível seus próprios fundos econômicos de reserva, o qual poderá ser complementado com prováveis aportes realizados pelos governos dos países da América Latina.  Estes fundos devem contar com regras claras para o uso dos mesmos.

7-     Grupo de Trabalho Eletrônico para um Plano de Contingência para o Seguro e o Abastecimento de Material Genético: integrar um grupo eletrônico de trabalho para estruturar um Plano de Contingência para o Seguro e o Abastecimento de material genético, composto por um representante de cada uma das quatro regiões geográficas (México, América Central e Caribe, Região Andina e Mercosul) do CTC da ALA.

 

 Miguel A. Márquez

Coordinador del CTC/ALA

 

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