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Setor produtivo pede que Mato Grosso seja zona livre da aftosa sem vacinação

Publicado em 10/11/2015

Livre há 19 anos da febre aftosa com vacinação, Mato Grosso quer agora o status de livre da doença "sem vacinação". O pedido foi feito nesta segunda-feira, 19 de outubro, durante a 5ª Reunião Extraordinária da Comissão Sulamericana para a Luta contra a Febre Aftosa (Cosalfa). O encontro, realizado em Cuiabá, teve como foco os desafios para a erradicação da febre aftosa nos 13 países que compõe a comissão até 2020.

A Cosalfa reúne membros das organizações Mundial e Panamericana de Saúde, além do Centro Panamericano contra Febre Aftosa, com delegados de países da América do Sul, bem como do setor privado.

A reunião da Cosalfa ocorreu paralelamente ao IV Encontro Nacional de Defesa Sanitária Animal (Endesa 2015), que segue na Capital mato-grossense até o próximo dia 23 de outubro, no Cenarium Rural.

A solicitação para que Mato Grosso seja considerado área livre da aftosa sem vacinação foi feita pelo presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), Rui Prado.

Recentemente, o Governo de Mato Grosso declarou possuir a meta de que até 2018 o Estado seja declarado como zona livre da doença sem a necessidade de imunização do rebanho bovino. Enquanto, o governo federal estabeleceu até 2020 a meta para que o Brasil seja declarado livre da febre aftosa sem vacinação.

Na segunda etapa da vacinação contra a febre aftosa em 2014 Mato Grosso imunizou 99,68% do rebanho.

A Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária (CNA), segundo o representante Altino Rodrigues Melo, possui a mesma linha de pensamento da Famato quanto à doença em Mato Grosso. Melo frisou que alternativas podem ser buscadas para que se tenha uma evolução no programa de febre aftosa, como retirar a vacina por etapas, "por exemplo, de retirar a vacina dos animais adultos e ficar, por mais dois ou três anos os animais jovens".

Durante a reunião foi debatida a existência de casos em países da América Latina, como a Venezuela, e o que poderia implicar isso no Brasil. Conforme o representante da CNA, a distância entre a Venezuela, no caso, e os estados brasileiros de maior rebanho, como Mato Grosso, pode ser um facilitador para a obtenção de status livre da febre aftosa sem vacinação. "O problema na Venezuela não pode atrapalhar estados que estão distantes do território e para que haja uma evolução no programa. É isso que queremos que o Ministério da Agricultura coordene com uma velocidade maior".

Novo modelo de agropecuária

Presente na 5ª Reunião Extraordinária da Cosalfa, o secretário de Desenvolvimento Econômico de Mato Grosso, Seneri Paludo, destacou que o momento vivido pelo estado é um "divisor de águas", tanto na economia quanto na sanidade animal e vegetal.

De acordo com o secretário, as decisões tomadas durante a reunião "irão refletir em um novo modelo de fazer agropecuária na América do Sul para os próximos 20 e 30 anos".

Com informações de Agro Olhar

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