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Frisia, ex-Batavo, inaugura granja milionária para fomentar suinocultura nos Campos Gerais

Publicado em 10/08/2015

Nova UPL, em Carambeí, foi construída visando sustentabilidade e bem-estar
clique para ampliarclique para ampliarUPL da Frísia consumiu R$ 40 milhões e possui tecnologias pioneiras no país (Foto: Agroin)

O momento positivo da cadeia de suínos no Paraná — após quatro anos mergulhada na crise em função dos elevados custos de produção e baixos preços recebidos pelos produtores — tem mobilizado novos investimentos no setor por parte das cooperativas do estado. De olho neste mercado crescente, a cooperativa Batavo, com sede em Carambeí, nos Campos Gerias, inaugurou, na quinta-feira (06/08), uma nova Unidade Produtora de Leitões (UPL). De acordo com diretores da empresa, a granja reúne tecnologias pioneiras para ser a mais moderna do Brasil.

O novo projeto foi formatado com foco no bem-estar animal e na sustentabilidade. As cinco mil fêmeas alojadas para reprodução e os 2,9 mil leitões/semana, que posteriormente serão repassados aos cooperados que farão a engorda, não ficarão presos em gaiolas, como ocorre nas granjas convencionais.

Seguindo as legislações internacionais de bem-estar, os animais permaneceram em baias amplas e coletivas, com climatização, durante todo o período de gestação. A operação começa já neste mês, mas os primeiros animais só devem ser repassados aos suinocultores em abril do ano que vem.

O sistema reúne tecnologia importada junto as origens da cooperativa, na Holanda. O presidente da Batavo, Renato Greidanus, aponta que “por ser a primeira granja a adotar esse modelo na América Latina é difícil projetar os ganhos, mas pode-se um incremento de 10% na produtividade dos animais.”

O UPL irá funcionar como granja de reprodução e produtora de leitões. Os animais irão passar, aproximadamente, 63 dias no local, sendo 21 na “maternidade” com a mãe, até ser desmamado (com cerca de seis quilos), e depois na “creche”, onde permanece até atingir 22 quilos. Posteriormente, os suínos serão repassados aos cooperados para a engorda. Quando atingir o peso ideal, os animais serão entregues para a Unidade Industrial de Carnes da Intercooperação (UIC), que processa em parceria com terceiros e/ou produz para a marca Alegra Foods, com foco nos mercados interno e externo.

Greidanus diz que o investimento ajuda a reduzir a ociosidade da indústria. “Hoje os cooperados possuem 6 mil matrizes, e com essa UPL teremos mais 5 mil. Quando atingirmos a capacidade máxima a oferta representará 25% da capacidade do frigorífico”, salienta.

Ferramentas - Sustentabilidade

Além do novo modelo de criação dos animais, a UPL terá uma série de ferramentas visando a sustentabilidade do negócio, como a produção de biogás para aquecimento interno e reuso da água. “Esse investimento traz especialização para a cadeia de produção e facilita o trabalho dos suinocultores, porque a terminação não requer tanto nível técnico nas propriedades”, reforça Greidanus.

A estrutura exigiu aporte de R$ 40 milhões, dos quais R$ 13 milhões são recursos próprios da Batavo. Para aderir ao sistema os cooperados também precisaram investir nas granjas, resultando em um aporte complementar de R$ 40 milhões.

Frimesa

A Frimesa também irá fazer investimentos na área de suinocultura. A cooperativa com sede em Medianeira, no Oeste do estado, está “alinhando os últimos detalhes do projeto” de construção de um frigorífico de suínos. Inicialmente, o local escolhido é o município de Assis Chateaubriand, distante 150 quilômetros de Medianeira.

Segundo informações do mercado, as obras devem começar em 2017, com inauguração prevista para 2021. 

Com informações de Gazeta do Povo.

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