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BRF anuncia eliminação do uso de gaiolas de gestação

Publicado em 26/11/2014

A política da BRF determina que todas as unidades de produção terão que adotar sistemas de gestação em baias coletivas até 2026.
clique para ampliarclique para ampliarFêmeas suínas em gaiolas de gestação. Mudança deve ser gradual para não trazer prejuízos a produtores e à própria BRF. (Foto: Ernesto de Souza/Ed. Globo)

A BRF, maior integradora de suínos do Brasil e dona de grandes marcas como Sadia e Perdigão, anunciou dia 25 de novembro que eliminará o uso de gaiolas de gestação para matrizes suínas em sua cadeia de fornecimento. A Humane Society International (HSI), uma das maiores ONGs globais de proteção animal, vinha encorajando a empresa a tomar essa decisão e descreveu o anúncio como um passo promissor.

“A BRF merece crédito, pois se tornou o primeiro produtor de suínos da América do Sul a definir um prazo para eliminar o confinamento de matrizes suínas em gaiolas de gestação de sua cadeia de fornecimento. Esse anúncio é um passo importante em direção ao dia em que esse tipo de confinamento será uma coisa do passado em toda a indústria suína. É um grande marco que deve influenciar outros integradores e empresas alimentícias no Brasil a seguirem o mesmo caminho”, disse Carolina Galvani, gerente sênior de campanhas de animais de produção da HSI. “No entanto, nós gostaríamos de ver a empresa se esforçando para diminuir esse prazo de 12 anos para finalizar a transição. Dadas a severidade e a duração desse sistema de confinamento, o sofrimento das matrizes mantidas em gaiolas de gestação é um dos piores dentre todos os vivenciados por animais criados para consumo e requer mais urgência”, completou.

A política da BRF determina que todas as unidades de produção terão que abandonar o uso de gaiolas de gestação e adotar sistemas de gestação em baias coletivas até 2026. A nova política inclui tanto granjas próprias quanto integradas, e tem o potencial de exercer um impacto positivo em centenas de milhares de animais. A cadeia de produção da BRF engloba ao redor de 300 mil matrizes suínas.

 No Brasil e demais países da América Latina, a maioria das matrizes suínas mantidas em sistemas industriais é confinada em gaiolas de gestação por praticamente toda a vida, um período de cerca de quatro anos. Essas pequenas gaiolas individuais têm quase o mesmo tamanho do corpo dos animais e os impedem de até mesmo se virar ou dar mais do que um passo para frente ou para trás. Esse tipo de confinamento resulta em vários problemas de bem-estar, como maior risco de infecções urinárias, enfraquecimento dos ossos, crescimento excessivo dos cascos, interação social limitada, problemas de locomoção e distúrbios psicológicos.

 O mundo já está abandonando confinamento em gaiolas de gestação. Em todos os países-membros da União Europeia, a proibição do confinamento contínuo em gaiolas entrou em vigor em 2013. Na Nova Zelândia, na Austrália e no Canadá, esse sistema será descontinuado em 2015, 2017 e 2024, respectivamente. Nos EUA, nove estados já aprovaram legislações para restringir a prática. A Associação de Produtores Suínos da África do Sul também está considerando uma restrição a partir de 2020.

Mais de 60 das maiores empresas alimentícias já anunciaram que eliminarão o uso de gaiolas de gestação de suas cadeias de fornecimento nos EUA – como McDonald’s, Burger King, Subway, Sodexo e Compass Group (GRSA no Brasil). A HSI trabalha com empresas alimentícias no Brasil para que elas também adotem esse tipo de política no mercado nacional. A Arcos Dorados, maior operadora de restaurantes do McDonald’s na América Latina e no Caribe, recentemente assumiu a posição de liderança ao anunciar que todos os seus fornecedores terão que apresentar planos para promover o alojamento de matrizes em baias coletivas. A Nestlé seguiu o exemplo e comprometeu-se a eliminar as gaiolas de gestação em sua cadeia de fornecimento global.

 A HSI acompanhará o processo de transição da BRF para sistemas de alojamento coletivo sem o uso de gaiolas e continuará trabalhando para que mais produtores brasileiros e empresas alimentícias adotem políticas similares na América Latina.

 Fonte: Assessoria de Imprensa BRF, via Porkworld

 

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