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Emprego nas montadoras tem pior nível desde 2012

Publicado em 10/09/2014

Segundo o presidente da Anfavea, as reduções de quadro de pessoal são forma de ajustar as companhias à demanda do mercado.

Fonte: Leone Farias, para Diário do Grande ABC

Resultado da crise pela qual passa o setor, as montadoras tiveram, em agosto, a sétima queda seguida no nível de emprego. Com total de 128.736 postos de trabalho no País no mês passado, 0,9% menos que em julho, as fabricantes registraram o menor número de profissionais desde maio de 2012, quando empregavam 127.139 pessoas.

Segundo o presidente da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), Luiz Moan, as reduções de quadro de pessoal são forma de ajustar as companhias à demanda do mercado, e têm sido feitas por meio de PDVs (Programas de Demissão Voluntária). Ele acrescenta que medidas como o lay-off (adotadas, por exemplo, pela Mercedes-Benz e Volkswagen na região) – em que trabalhadores ficam até cinco meses em casa, recebendo parte do salário pago pela empresa, com a complementação do restante de recursos do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador) – é um mecanismo de preservação do emprego. A associação defende a flexibilização dessa regra, para permitir mais tempo de suspensão. “A crise pode não passar em cinco meses”, disse.

ESTOQUE ALTO - Havia a expectativa de que, passada a Copa do Mundo, os resultados de vendas melhorassem em agosto, mas a retração nos licenciamentos de carros zero colaborou para elevar, de novo, os estoques nas montadoras e concessionárias. Com isso, as fabricantes mantêm a necessidade de ajustes, como o lay-off, e também férias coletivas e licenças remuneradas.

Os carros parados nos pátios das fábricas e nas lojas no fim do mês passado somaram o correspondente a 42 dias (tempo necessário para comercialização pelo ritmo atual do mercado). Em julho, o volume estocado era equivalente a 39 dias. Os números foram divulgados em 4 de setembro pela Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores).

A ampliação dos estoques ocorreu, em grande parte, pelo ritmo lento da demanda. As vendas (de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus) zero caíram 7,6% em agosto em relação a julho. Ao mesmo tempo, o total fabricado no mês passado foi 5,3% maior (foram produzidas 265,9 mil unidades).

Para o presidente da Anfavea, vários fatores contribuíram para o desempenho fraco do mercado interno, como as projeções de desaceleração do ritmo da economia (que vêm caindo semana a semana) e questões externas ao setor – ele se refere ao acidente aéreo, ocorrido dia 13, em que morreu o candidato à Presidência da República Eduardo Campos (PSB). “Recentes acontecimentos e discussões no âmbito político geraram um ambiente conturbado, com impactos na confiança dos empresários e dos consumidores” disse. Isso teria repercutido, principalmente, no Nordeste do País, em que as vendas caíram 9,3% no mês – ou seja, 20% mais que a média do País.

Apesar da piora nos resultados, ele assinala que o setor está melhor do que nos primeiros seis meses do ano. Observando a média de julho e agosto, na comparação com a média do primeiro semestre, as vendas no mercado interno estão 2,3% maiores e, as exportações, 16% superiores.

De janeiro a agosto, no entanto, os números do segmento ainda estão bem abaixo do registrado no mesmo período de 2013. Os licenciamentos acumulam queda de 9,7% e, as exportações, de 38,1%. O volume fabricado, até agora, é 18% menor que nos oito primeiros meses do ano passado.

Associação espera reação no fim do ano com melhora no financiamento

A Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) manteve as projeções de que o setor fechará o ano com licenciamentos 5,4% abaixo dos registrados em 2013. Recentes medidas do governo federal – como a redução do depósito compulsório (parte dos recursos captados pelos bancos que têm de ser recolhidos ao Banco Central) – devem ajudar a gerar “choque de liquidez”, segundo o presidente Luiz Moan, ou seja, elevar o crédito. A entidade diz que em agosto houve redução dos juros em 0,4 ponto percentual (de 1,30% ao mês para menos de 1%), e já há bancos oferecendo prazos de 60 meses.

Há a expectativa ainda de melhora na demanda, em razão de eventos como o Salão Auto Caixa, que oferece financiamento com juros a partir de 0,93% ao mês, em parceria com concessionárias. E de 30 de outubro a 9 de novembro, haverá o Salão Internacional do Automóvel, em São Paulo, quando diversas fabricantes vão mostrar seus lançamentos.

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