Blog

Observatórios

Acompanhe nas redes sociais:
  • Twitter
  • Facebook
  • Youtube

Cadastre-se

e receba nosso informativo

Brasil e Argentina tentam acordo sobre regime automotivo

Publicado em 29/05/2014

Técnicos do MDIC se reuniram com integrantes do governo da Argentina para negociar acordo automotivo.

Fonte: Ariel Palacios, correspondente de Buenos Aires para Agência Estado

Técnicos do Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) do Brasil reuniram-se, em 28 de maio, pelo segundo dia consecutivo com integrantes do governo da presidente Cristina Kirchner em Buenos Aires para tentar avançar nas negociações sobre um acordo-tampão automotivo de um ano de duração. Esse acordo temporário regularia o comércio de veículos entre os dois países enquanto o Brasil e a Argentina discutirão o novo regime automotivo, de duração de cinco anos.

As reuniões para definir o novo regime automotivo estavam previstas inicialmente para o segundo semestre de 2012. Mas, problemas de agenda atrasaram as negociações em diversas ocasiões.

O regime automotivo, que foi renovado pela última vez em 2008, vence no dia 30 de junho. O regime impede a livre exportação e importação de veículos, na contra-mão do que estava previsto originalmente pelo Mercosul, que havia determinado o fim das barreiras comerciais automotivas entre os países-sócios a partir do ano 2000. No entanto, nos últimos 14 anos, todos os governos argentinos, desde o de Fernando De la Rúa até Cristina Kirchner, conseguiram arrancar do Brasil constantes renovações do regime. Os dois governos definem o sistema com o eufemismo de "comércio administrado".

O setor automotivo argentino é altamente dependente das exportações para o Brasil. O país envia ao mercado brasileiro metade de sua produção, ou, o equivalente a 86% das exportações automotivas. Por esse motivo, a queda das vendas dos veículos Made in Argentina no Brasil desespera as empresas em Buenos Aires e Córdoba. Segundo a Associação de Fabricantes de Automóveis da Argentina (Adefa) entre janeiro e abril as exportações de veículos argentinos ao mercado brasileiro foi de 95.215 automóveis, o equivalente a 19 mil a menos em comparação com o mesmo período de 2013.

Greve                                                                                 

Córdoba foi nesta quarta o cenário de uma greve do setor metalúrgico para protestar contra as demissões, suspensões e eliminação de horas extras de operários de fábricas de autopeças e montadoras instaladas nessa província na região central da Argentina. As manifestações foram protagonizadas pela União Operária Metalúrgica (UOM), cujo líder, Rubén Urbano, sustentou que "os empresários devem entender que os trabalhadores não podem ser sempre a variável de ajuste". Segundo ele, as demissões estão ocorrendo "a conta-gotas", mas de forma persistente.

Segundo dados do ministério do Trabalho, 15 mil operários foram suspensos nas indústrias do setor automotivo desde janeiro. Mais de 165 mil pessoas estão vinculadas à indústria automotiva no país.

Há uma semana a tensão escalou quando a General Motors anunciou que cortaria os salários dos operários em 35%. No entanto, devido às pressões dos trabalhadores, posteriormente indicou que discutiria o assunto com os sindicatos. Neste cenário de tensão generalizada nas últimas duas semanas sindicalistas ocuparam diversas fábricas de autopeças para exigir o fim das demissões e suspensões.

Dados das concessionárias argentinas indicam que nos primeiros 23 dias de maio as vendas de automóveis no mercado interno registraram uma queda de 39,5% em comparação com o mesmo período do ano passado. Por trás da queda estariam a escalada inflacionária, a desvalorização da moeda, o aumento de tributos sobre os veículos, entre outros fatores.

A consultoria econômica Abeceb indicou em um relatório hoje que a atividade industrial argentina terá uma queda geral de 3% neste ano. No entanto, considera que o setor automotivo sofrerá uma redução de 15% em 2014.

Deixe seu coment�rio

Site Seu blog ou p�gina pessoal


1. Os sites do Sistema Fiep incentivam a pr�tica do debate respons�vel. S�o abertos a todo tipo de opini�o. Mas n�o aceitam ofensas. Ser�o deletados coment�rios contendo insulto, difama��o ou manifesta��es de �dio e preconceito;
2. S�o um espa�o para troca de id�ias, e todo leitor deve se sentir � vontade para expressar a sua. N�o ser�o tolerados ataques pessoais, amea�as, exposi��o da privacidade alheia, persegui��es (cyber-bullying) e qualquer outro tipo de constrangimento;
3. Incentivamos o leitor a tomar responsabilidade pelo teor de seus coment�rios e pelo impacto por ele causado; informa��es equivocadas devem ser corrigidas, e mal entendidos, desfeitos;
4. Defendemos discuss�es transparentes, mas os sites do Sistema Fiep n�o se disp�em a servir de plataforma de propaganda ou proselitismo, de qualquer natureza. e
5. Dos leitores, n�o se cobra que concordem, mas que respeitem e admitam diverg�ncias, que acreditamos pr�prias de qualquer debate de id�ias.

 Aceito receber comunica��o da Fiep e seus parceiros por e-mail
 
Av. Comendador Franco, 1341 - Jardim Botânico - 80215-090
Fone: 41 3271 7900
Fax: 41 3271 7647
observatorios@fiepr.org.br
  • Twitter
  • Facebook
  • Youtube