Publicado em 21/01/2014
O índice de atrasos recuou 2% no ano passado, segundo dados da Serasa Experian. Trata-se da primeira queda desde
quando o indicador começou a ser medido, em 2000.
Um ciclo de crédito farto combinado com medidas de incentivo
ao consumo após a crise de 2008 vinha provocando um significativo avanço da inadimplência. Em 2012, por
exemplo, houve aumento de 15% no indicador.
Para reduzir perdas com devedores, bancos mudaram de postura e adotaram a cautela, com mais rigidez na análise e liberação dos créditos. Consumidores passaram a priorizar o pagamento de dívidas em detrimento de novas aquisições. O movimento foi favorecido por um mercado de trabalho ainda aquecido. A SPC Brasil, que também monitora os consumidores, já havia sinalizado uma melhora na inadimplência. O levantamento da empresa mostrou um avanço de 2,3% no ano passado, ante os 12,18% em 2012.
Em 2013, o volume de cheques devolvidos por falta de fundos recuou 9,4%. As dívidas nessa modalidade ficaram 8% mais caras: R$ 1.645,91, em média.
Houve melhora no nível de atrasos com dívidas não bancárias (com financeiras, lojas e prestadoras
de serviços). O valor ficou menor no ano passado, em R$ 315, na média.
Embora não tenha registrado
leve avanço (0,6%), a inadimplência com bancos teve variação bem inferior ao registrado em 2012,
quando a alta foi de 5,8%. Consumidores em atraso com os bancos tinham uma dívida média de R$ 1.310, valor semelhante
ao de 2012.
Fonte: Folha de São Paulo
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