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Faltam recursos para cadeia automotiva se desenvolver

Publicado em 23/08/2013

Esta é a conclusão do primeiro painel do Simea, simpósio da AEA que acontece de 22 a 23 de agosto

Recursos disponíveis para o desenvolvimento tecnológico automotivo foi o tema do primeiro painel do 21º Simpósio Internacional de Engenharia Automotiva (Simea), evento promovido pela Associação Brasileira de Engenharia Automotiva (AEA) entre os dias 22 e 23 de agosto em São Paulo.

Para debater o assunto, a AEA convidou João Alziro Herz da Jornada, presidente do Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia), Jorge Guimarães, presidente da Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), e Antonio Carnielli, gerente executivo da Volkswagen. Conclusão? Ainda falta um longo caminho para a cadeia automotiva brasileira chegar à competitividade.

Para começar, o presidente da Capes (vinculada ao Ministério da Educação) disse que o maior problema, não só do setor, está no péssimo nível educacional do País: apenas 7,5% da população têm nível superior, apesar de já serem oferecidas diversas oportunidades de capacitação. É possível disputar bolsas para mestrados profissionais; cursos de formação no exterior por meio do programa Ciência Sem Fronteiras, iniciativa do governo federal adotada em 2011; estágios em empresas, entre outras iniciativas. Um exemplo é o acordo firmado pela Capes com o Instituto Aço Brasil por falta de mão de obra qualificada em áreas específicas.

“A indústria automobilística brasileira ficou defasada porque há menos de 20 anos não tínhamos projetos nacionais. Os carros eram apenas adaptados ao mercado interno. Com a falta de estímulo, boa parte dos engenheiros migrou para o setor bancário, que hoje tem o melhor sistema de automação do mundo”, contou Guimarães, que tem estudado uma parceria entre a Capes e a AEA.

Outro ponto levantado pelo presidente da Capes é a falta de base para criação de patentes tecnológicas. “O Brasil não tem nenhuma montadora nacional. Sendo assim, cada fabricante acaba desenvolvendo novas tecnologias nos país em que mantém sua sede. No nível acadêmico há várias patentes sendo anunciadas. Mas no campo industrial, há muito que se fazer. Há universidades com mais patentes do que a Petrobras, por exemplo.”

Na opinião do gerente executivo da Volkswagen, além de maior capacitação dos recursos humanos, é imprescindível modernizar o parque fabril. “Nossa indústria só foi ter o seu primeiro laboratório de crash-test na década de 1970. No final dos anos de 1990 é que tivemos estrutura para fabricar os primeiros produtos locais. Finalmente entramos numa fase global de produção, como quarto maior mercado e sétimo maior produtor, mas ainda temos um parque industrial defasado, principalmente no nível dos subfornecedores. São necessários incentivos para toda cadeia. Não adianta só as montadoras evoluírem, enquanto o restante da indústria não consegue acompanhar o mesmo nível tecnológico e a velocidade dos projetos. Sem infraestrutura é impossível dizer que temos qualidade.”

O executivo acredita que o Inovar-Auto, o novo regime automotivo em vigor até 2017, “fará o gigante acordar”, mas não é a única solução. “O que o Brasil precisa não se desenvolve do dia para noite, através de uma regulamentação. Depende mais do que nunca de qualidade de processos, produtos e de profissionais. O setor precisa definir onde quer chegar. Apostar na produção de um segmento de veículo, seria um caminho”, defendeu.

O presidente do Inmetro também concordou que há um trabalho árduo pela frente e citou como exemplo a Coreia do Norte, que acelerou o processo de desenvolvimento tecnológico há 20 anos. Mas Jornada se limitou a dizer que o instituto já é referência internacional para homologação de carros e de autopeças, tendo inaugurado recentemente laboratório de crash-test e de emissão veicular em Xerém, no Rio de Janeiro. “Há 10 anos tínhamos 4 doutores, hoje são mais de 230 PHDs trabalhando em nossas instalações”, apontou.

Mas como garantir a validação 100% de um produto que ainda de separa com muitas barreiras durante o seu próprio desenvolvimento? Esta é a pergunta que o painel, e muitos profissionais do setor, ainda não conseguiram responder.

Fonte: Camila Franco, AB

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