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GM abre PDV para cortar excedente na planta de São José dos Campos

Publicado em 08/07/2013

Medida atinge horistas e deve reduzir o impacto do encerramento do MVA. Programa será aberto dia 10 com foco em aposentados e pré-aposentados.

A General Motors vai abrir no próximo dia 10 um Programa de Demissão Voluntária (PDV) na unidade de São José dos Campos para cortar a mão de obra considerada excedente na planta. O objetivo da montadora com a medida é reduzir o impacto do encerramento das atividades no Montagem de Veículos Automotores (MVA) programado para dezembro. O setor emprega cerca de 750 funcionários atualmente.

Esse é o quarto PDV aberto pela montadora em menos de dois anos - juntos, os três PDVs abertos anteriormente desligaram mais de mil funcionários da montadora. De acordo com a GM, o programa ficará aberto por 9 dias, até o próximo dia 19 e terá três frentes – duas delas específicas para aposentados e pré-aposentados e uma que contempla os demais trabalhadores da unidade.

A GM mantém sob sigilo a meta de demissões por meio do PDV e os benefícios oferecidos aos trabalhadores. O Sindicato dos Metalúrgicos foi procurado, mas não soube informar as regras do programa que foi divulgado aos trabalhadores na noite de quinta-feira (4).

O G1 apurou que o PDV contempla todo empregados horistas do complexo de São José. Além das verbas rescisórias, a GM propôs o pagamento de um a cinco salários adicionais, de acordo com o tempo de trabalho na montadora.

Pela tabela, funcionários com registro entre um e quatro anos teriam direito a um salário adicional; de 5 a 10 anos, 1,5 salário extra; de 11 a 13 anos, 2 salários extras; de 14 a 16 anos, 2,5 salários extras; de 17 a 19 anos, 3 salários adicionais; de 20 a 22 anos, 3,5 salários; de 23 a 25 anos, 4 salários e operários com 26 anos ou mais, a cinco salários. Todos que aderirem ao PDV terão direito a 4 meses de convênio médico.

Para os trabalhadores aposentados, a GM propõe a aplicação da mesma tabela de salários adicionais por tempo de trabalho, acrescido de dois salários. O grupo terá direito a 12 meses de plano médico após o desligamento. No caso dos trabalhadores em fase de pré-aposentadoria, a montadora oferece a tabela que contempla de um a cinco salários extras com o adicional proporcional de um salário a cada mês faltante para a aposentadoria - limitado a oito salários. Eles também terão 12 meses de convênio.

A necessidade de um PDV havia sido anunciada no começo deste ano pelo diretor de relações institucionais da empresa, Luiz Moan. De acordo com informações do sindicato, a unidade que tem cerca de 6 mil trabalhadores, conta com 130 funcionários aposentados e 900 em fase de pré-aposentadoria.

A proposta apresentada pelo sindicato no começo de junho à direção da GM pedia como benefício à adessão ao PDV, que os operários desligados recebessem 36 meses adicionais de convênio médico e 10 salários.

Em outubro de 2011 a GM abriu um PDV em todas as fábricas do país. Em São José dos Campos, o foco eram funcionários do setor administrativo e o pessoal do setor produtivo (horistas). O pacote contou com a adesão de 550 trabalhadores, segundo o sindicato.
A justificativa na época relacionou a redução no efetivo ao fato da empresa ter concentrado a produção de novos modelos em São Caetano do Sul e Gravataí, unidades que contrataram.

Oito meses mais tarde, em junho de 2012, um novo PDV desligou 356 funcionários. A justificativa foi adequar a produção da fábrica à demanda do mercado. O último PDV do período foi aberto em setembro de 2012, pouco depois que a GM confirmou a intenção de fechar o MVA. O programa teve ao menos 232 adesões.
Em janeiro deste ano, após o layoff (suspensão temporária dos contratos de trabalho), a empresa demitiu 598 funcionários.

Ainda neste mês, os trabalhadores da General Motors devem ser informados sobre o destino do aporte de R$ 2,5 bilhões para a instalação de uma nova linha de produção. São José e plantas de outros dois países disputam o investimento.
A direção da montadora condiciona o futuro da unidade de São José ao investimento que prevê a geração de 2.500 empregos diretos a partir de 2017. O modelo que será produzido, um compacto com grande volume de produção, é mantido sob sigilo.
Para tentar atrair os R$ 2,5 bilhões, a Prefeitura de São José dos Campos ofereceu benefícios como a isenção de impostos e a construção de um distrito industrial para alocar fornecedores da cadeia produtiva da montadora na cidade.

Fonte: Suellen Fernandes, G1

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