Publicado em 24/06/2013
O Salão do Automóvel de Buenos Aires abriu as portas ao público nesta quinta-feira com muitas novidades para os consumidores, mas nenhuma mudança no acordo comercial entre Brasil e Argentina.
As regras para o setor de veículos, que vencem nas próximas semanas, devem ser prorrogadas, pois as negociações
entre os dois países não avançaram.
"Há um consenso para estender o acordo como está,
porque não há mais tempo para negociar. O ideal seria o livre comércio de fato entre os dois países",
afirma Jaime Ardila, presidente da GM para o Mercosul.
As regras atuais estabelecem que o Brasil pode exportar US$ 2 para Argentina para cada US$ 1 que importa. A norma é fruto de uma preocupação do governo argentino com a balança comercial, que apresentou um saldo negativo de US$ 7 bi, conforme dados referentes ao ano de 2012.
No entanto, o ponto de desequilíbrio está no setor de peças. Apesar de a maior parte da produção
de carros na Argentina ser destinada ao Brasil, o país vizinho importa um grande volume de componentes nacionais para
a montagem dos veículos.
" Um dos principais problemas de produzir na Argentina, além da inflação
elevada e do câmbio, é a falta de um bom parque de fornecedores. A indústria é deficitária,
não tem quantidade nem qualidade", avalia Carlos Gomes, presidente da PSA Peugeot Citroën para a América
Latina.
Fonte: Ricardo Ribeiro, Redação Folha de São Paulo
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