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Presidente mundial da Renault-Nissan se reúne com empresários na Fiep.

Publicado em 18/06/2013

Carlos Ghosn discute o papel do Brasil no cenário automobilístico mundial.
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            para ampliarCarlos Ghosn (Foto: Divulgação)

A Federação das Indústrias do Paraná (Fiep) recebeu nesta segunda-feira (17), em Curitiba, o presidente mundial da Aliança Renault-Nissan, Carlos Ghosn. Em encontro com cerca de 150 pessoas, incluindo diretores da Fiep, empresários e executivos de grandes empresas paranaenses, Ghosn descreveu o panorama do setor automotivo internacional e afirmou que o Brasil precisa adotar medidas que aumentem a competitividade das indústrias para que volte a crescer em patamares elevados.

Segundo ele, questões como a elevada carga tributária e as deficiências na infraestrutura estão entre os principais entraves para o desenvolvimento do País.
Na opinião de Ghosn, os investidores estrangeiros, principalmente pela expansão constante do mercado nacional, estão seguros de que o Brasil possui um grande potencial de crescimento. “O Brasil sem dúvidas é um país onde as empresas querem investir, mas ainda restam algumas interrogações, e a principal delas é saber por que o crescimento do Brasil parou”, disse, referindo-se ao crescimento de apenas 0,9% do PIB brasileiro em 2012.


De acordo com o executivo, para que o Brasil retorne a patamares mais elevados de crescimento, o País precisa atacar alguns problemas que afetam a competitividade de seu setor produtivo. O principal deles é a elevada carga tributária. “O nível de impostos pago pelo consumidor brasileiro é o mais alto do mundo. Hoje, 30% do valor de um carro vendido no Brasil são impostos, enquanto na França esse percentual é de 16% e nos Estados Unidos, apenas 6%”, exemplificou. Segundo Ghosn, esse é um dos motivos para que o índice de veículos por habitante no Brasil ainda esteja abaixo de países médios da Europa. “Em Portugal, por exemplo, são 500 carros por 1.000 habitantes, enquanto no Brasil são 200 por 1.000. Porém, nada indica que o Brasil também não possa chegar a esse nível médio”, declarou.


Outro fator apontado pelo presidente da Aliança Renault-Nissan como prejudicial à indústria brasileira é a deficiência na infraestrutura do País. “O desenvolvimento da infraestrutura não acompanha a velocidade de crescimento das empresas”, afirmou. Para Ghosn, o Brasil deve se espelhar nos exemplo de outros países, como a China, que colocaram os investimentos em infraestrutura como prioridade absoluta. “Quando você visita a China, percebe que existem mais estradas do que carros, mais aeroportos do que aviões”, disse, acrescentando que o país asiático já se prepara para o crescimento da demanda que certamente terá no futuro.


Para o presidente da Fiep, Edson Campagnolo, o discurso de Ghosn foi uma “belíssima aula” para os empresários paranaenses e brasileiros. “Ele nos deixou um recado de que o Brasil tem todo o potencial para crescer, mas para isso precisamos fazer o dever de casa. Essa postura deixa ainda mais claro que o momento é oportuno para que a classe empresarial se mobilize e faça com que o País enfrente de uma vez por todas o desafio de realizar as reformas estruturantes de que tanto precisamos”, disse Campagnolo.
Ele também classificou com uma grande honra o fato de a Fiep receber o presidente de um dos maiores conglomerados automotivos do mundo. “Ainda mais pelo fato de ser uma empresa que vem contribuindo de maneira significativa para a industrialização do Paraná”, declarou, referindo-se ao complexo industrial Ayrton Senna, que a Renault-Nissan possui em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba. Em março, foi inaugurada a ampliação da unidade da Renault situada no complexo, cuja capacidade de produção foi aumentada de 280 para 380 mil carros por ano, mediante investimentos de R$ 500 milhões, os quais fazem parte de um plano total de R$ 1,5 bilhão para o período 2010-2015. Desde 2011, foram abertos 1.200 novos postos de trabalho e outros 500 estão em fase de contratação. Hoje, a Renault do Brasil conta com 6.500 colaboradores.


Além de apontar fatores que prejudicam a competitividade da indústria brasileira, em sua passagem pela Fiep Carlos Ghosn também analisou o panorama do setor automotivo internacional. Segundo Ghosn, a situação econômica na Europa ainda é preocupante. A expectativa é de que o mercado automotivo encolha cerca de 5% neste ano, completando o sexto ano consecutivo de declínio. “Pelo menos até 2016, o mercado automobilístico europeu ainda não terá recuperado seu nível de 2007, antes da crise”, observou.


No contexto mundial, no entanto, a previsão é de que o mercado automotivo cresça aproximadamente 3% este ano. Isso, graças ao desempenho positivo dos mercados emergentes. Os países do BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) são considerados hoje fundamentais para o setor por seu enorme potencial de crescimento. “O Brasil, neste contexto, é hoje um dos mercados mais importantes do mundo. Desde 2011 o País tornou-se o segundo mercado mais importante da marca, superado apenas pela França, e é um dos pilares da nossa estratégia de crescimento internacional”, destacou Ghosn.


O executivo observou, no entanto, que é preciso dar atenção especial aos custos. Ele considerou positivas as iniciativas do governo federal neste sentido, tais como a redução do IPI, dos custos da energia elétrica e também da Medida Provisória visando a maior eficiência dos portos brasileiros. “Acreditamos no potencial brasileiro. Estimamos que o mercado do País deva chegar a 4,2 milhões de unidades até 2017. Nosso objetivo neste ano é continuar crescendo acima do mercado e, até 2016, alcançar 8% de participação com a marca Renault e 6% com a Nissan”.


Durante o evento na Fiep, Gohsn esteve acompanhado do presidente da Renault do Brasil, Olivier Murguet. Ainda em Curitiba, o CEO da Aliança Renault-Nissan manteve também um encontro com o governador Beto Richa.

Fonte:Agência Fiep

clique para ampliar clique para ampliarEdson Campagnolo e Carlos Ghosn (Foto: Divulgação)

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