Publicado em 30/11/2012
Durante a última reunião do ano entre a Volkswagen e os jornalistas, o presidente da companhia no Brasil, Thomas Schmall, repetiu a estimativa de crescimento menor do mercado automotivo nacional em 2013. Assim como o presidente mundial da Aliança Renault Nissan, Carlos Ghosn (leia aqui), Schmall estima alta de apenas 2% no ano que vem.
Eles não estão sozinhos. Durante o lançamento do carro compacto J2 na terça-feira, 27, o presidente da JAC Motors do Brasil, Sérgio Habib, revelou expectativa pouco mais otimista, de 3%. Tanto Schmall quanto Habib citaram como motivos para a desaceleração a antecipação de compras no fim de 2012 em razão do provável fim da redução do IPI e a alta dos preços de modelos mais acessíveis, que passarão a trazer mais equipamentos de segurança em 2013 por causa da legislação vigente.
“Airbag e ABS aumentam custos. Com isso perdemos clientes na entrada. E janeiro e fevereiro já são meses mais fracos”, afirma o executivo da VW. Neste ano, as vendas internas de janeiro a outubro superaram em 10,8% o mesmo período do ano passado.
Schmall não quer a VW do Brasil forte apenas no mercado interno. Ele deseja reforçar a posição da empresa como a maior exportadora de carros instalada no Brasil. Para o presidente da VW, a segunda fase do Inovar-Auto deve favorecer a exportação com incentivos e redução dos custos na cadeia. A Volkswagen do Brasil acaba de comemorar o feito de 3 milhões de unidades exportadas para 147 países desde 1970 (veja aqui).
Sobre a produção de um novo carro pequeno no Brasil, Schmall mantém a postura adotada desde o ano passado. Quando alguém pergunta sobre o Up!, ele brinca e diz: “Como? Up!? Não ouvi direito. Essa sala tem uma acústica ruim!” É possível que guarde o anúncio para o ano que vem, quando a montadora comemora 60 anos no Brasil.
Fonte: Mário Curcio, Automotive Business
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