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As 10 ideias para repensar a alimentação que surgiram no simpósio de Alex Atala

Publicado em 09/02/2018

Especialistas apresentam dez constatações e ideias sobre como governos e empresas tratam a questão alimentar do planeta
A primeira edição do seminário FRU.TO, realizado no último final de semana em São Paulo, gerou um documento em que são apontadas dez razões para o mundo repensar a forma como produz e distribui comida para a sua crescente população. Ao longo de dois dias de evento, 30 especialistas brasileiros e estrangeiros apresentaram problemas, soluções e ações que governos e empresas precisam pensar sobre o futuro da alimentação.

rganizado pelo chef Alex Atala e pelo produtor cultural Felipe Ribenboim, o FRU.TO teve o objetivo de expor as alternativas para alimentar o mundo de forma limpa e sustentável, com base em um estudo da Organização das Nações Unidas (ONU) que aponta que a população do planeta chegará aos 8,6 bilhões de pessoas no ano de 2030. Segundo Rimbenboim, “o que aconteceu aqui é a semente desse fruto, que continua e se fortifica para as próximas edições”.

Já o chef Alex Atala, que fez a curadoria dos palestrantes, afirma que principal objetivo do evento foi inspirar uma geração a fazer mais do que vem sendo feito ao longo dos últimos anos. “É sair do automático, parar de repetir comportamentos, e começar a fazer as coisas de uma maneira mais benéfica para o planeta e as pessoas que nele vivem”, explica.

10 constatações e ideias apresentadas no FRU.TO:

1- A humanidade está em uma encruzilhada alimentar.
2- O sistema atual de produção está matando o planeta.
3- Os desafios não têm precedentes e são de múltiplas ordens.
4- A mudança do clima torna esse quadro ainda mais dramático.
5- As soluções também são múltiplas.
6- O produtor de alimentos é aliado, não vilão.
7- As populações tradicionais serão cada vez mais importantes.
8- Os oceanos são a próxima fronteira.
9- É preciso fortalecer a alimentação local.
10- Reconectar a população urbana com o campo e a floresta.

Os dez tópicos foram elencados a partir das palestras de especialistas em alimentação das áreas de cultura, biologia e sociedade, como a do mestre e doutor em engenharia de produção Jeferson Straatmann, que falou sobre como os alimentos cultivados na região amazônica podem chegar às grandes cidades do país; o incentivo às hortas urbanas, comentado pelo artista e ativista californiano Ron Finley; o desafio de alimentar 7 bilhões de pessoas com comida de qualidade, comentado por Isadora Ferreira, oficial de comunicação do Centro de Excelência contra a Fome, além do de produzir em apenas quatro décadas tudo o que foi feito em mais de 8 mil anos de história, pelo PhD em antropologia e agricultura internacional Jason Clay; a transformação do homem pela comida através dos séculos, explicada pela bióloga e neurocientista Suzana Herculano-Houzel; como as decisões políticas impactam no acesso à alimentação, segundo a apresentadora de televisão e chef natural Bela Gil, entre outros.

“Todos os 30 palestrantes que participaram do evento tiveram contribuições importantes para o meio ambiente de maneira geral nos últimos tempos e acreditamos que são capazes de inspirar gerações com suas iniciativas”, explica o chef Alex Atala.

As dez razões elencadas nesta primeira edição do FRU.TO vão dar origem a uma publicação trilíngue que será redigida pelo jornalista ambiental Claudio Angelo, e será disponibilizada no site do seminário para uso livre da sociedade. Segundo Alex Atala, a expectativa é de que o simpósio seja realizado anualmente, e que o Brasil tome a dianteira na discussão sobre as soluções para a alimentação do mundo no futuro.

O FRU.TO começou a ser organizado em meados da metade de 2017 inspirado em seminários organizados por grandes chefs estrangeiros, como o MAD Symposium, do dinamarquês René Redzepi; o Kitchen Dialogues, de Andoni Aduriz e o Farm of Ideas do dinamarquês Christian Puglisi.
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