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Publicado em 05/02/2018
O Sistema Federação das Indústrias do Paraná (Fiep) recebeu, no dia 01/02, uma comitiva portuguesa que veio ao Brasil para dar continuidade a articulações de cooperação técnica em projetos ambientais, de gestão de resíduos sólidos e de saneamento. O grupo é capitaneado pelo secretário de Estado do Ambiente de Portugal, Carlos Martins.
Nilo Cini Junior e Rui Brandt, diretores do Ilog; o secretário Carlos
Martins; Edson Campagnolo; e Rommel Barion, presidente do InPAR (Foto: Divulgação/ Fiep)Em dezembro, uma missão paranaense que, entre outros integrantes, contou com representantes do Sistema Fiep, do Instituto Paranaense de Reciclagem (InPAR) e do Instituto de Logística Reversa (Ilog), esteve em Portugal para conhecer as iniciativas do país nessas áreas. “Esta cooperação é muito importante e está totalmente alinhada com uma das prioridades do Sistema Fiep, que é promover o desenvolvimento sustentável da indústria paranaense”, disse o presidente da entidade, Edson Campagnolo, ao receber os portugueses. “Pela pró-atividade que temos na questão ambiental, principalmente em relação à logística reversa, temos muitas possibilidades de avançar em ações efetivas com essa parceria”, completou.
Durante o encontro, o secretário Carlos Martins apresentou um histórico do processo de implementação de um novo sistema de gestão de resíduos sólidos em Portugal. Iniciado há mais de 20 anos, ele transformou o país em referência internacional nessa área. “Portugal tinha um grande problema com os lixões, que recebiam todo tipo de resíduos, e a logística reversa foi uma oportunidade para gerar novas empresas e novos negócios no país”, afirmou.
Segundo ele, uma gestão eficiente dos resíduos sólidos passa por aspectos legais, mas não se restringe a isso. “É um equívoco pensar que fazendo leis teremos o problema resolvido. Elas são essenciais para regulamentar e estabelecer metas para o processo, mas não é a única saída”, declarou Martins. Segundo ele, o planejamento integrado entre os diferentes atores – incluindo governos locais, regionais e nacional, além de indústria, comércio e população – e a busca por soluções tecnológicas também são fundamentais. É preciso, também investir em fontes de dados robustas sobre os resíduos gerados para que haja informação suficiente para definir as ações necessárias.
O secretário disse, ainda, que um dos aspectos mais importante do processo de gestão de resíduos é encontrar um equilíbrio para o fluxo financeiro do processo. Isso porque, em alguns casos, resíduos industriais se transformam em matérias primas para outras cadeias produtivas, gerando novos negócios. Porém, há produtos em que essa equação é negativa, com a correta destinação dos resíduos gerando apenas custos para a sociedade. “Acreditamos que os aspectos positivos de uns devem compensar os aspectos negativos dos outros”, explicou.
Por fim, Carlos Martins afirmou que, pela dimensão territorial e populacional muito menor de Portugal, talvez nem todas as soluções lá implantadas sejam ideais para o Brasil. “Mas, por ter um mercado muito mais amplo, o Brasil pode até pensar mais ambiciosamente para criar soluções nessa área”, declarou.
Fonte: Agência Sistema Fiep
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