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Rastreabilidade determina certificação orgânica animal, afirma especialista

Publicado em 10/10/2016

A certificação orgânica de um produto de origem animal – no caso de carnes, ovos e derivados do leite – deve levar em consideração a certificação da produção primária e seu processamento. Sendo assim , a rastreabilidade é “a palavra-chave” para validar todo o ciclo produtivo. A afirmação é da zootecnista Carolina Manço, auditora do IBD Certificações.

“Dependendo da produção, o produtor não é o responsável pela gestão dos diferentes elos dessa cadeia. Por isso, devem ser asseguradas a rastreabilidade e a qualidade das matérias-primas, desde os grãos fornecidos na alimentação dos animais até os ingredientes dos produtos formulados”, esclarece a especialista, que participou, na última semana, de um evento sobre certificação orgânica animal, organizado pelo Centro de Inteligência em Orgânicos (CI Orgânicos), com o apoio do Sebrae, no campus da Sociedade Nacional de Agricultura (SNA), na Penha (Zona Norte do Rio de Janeiro).

Em sua palestra, Manço abordou o processo de certificação, destacando seus requisitos e procedimentos. Para ela, a certificação dos produtos de origem animal está além do lote de aves. “É uma certificação dos cortes de frangos e de ovos, e para isso é necessário validar a unidade processadora desses produtos”, ressalta

ALIMENTAÇÃO

A especialista também lembrou da inter-relação entre a certificação animal e outros tipos de produção orgânica. “A certificação da produção animal considera também a certificação da produção vegetal, pois, para produzir um animal orgânico, a alimentação – considerando pastagens, ração, etc. – deve também atender à legislação do setor. Não há certificação orgânica dos animais sem a certificação da produção vegetal que será destinada a alimentação desses animais”, esclarece.

No entanto, a alimentação animal é um dos grandes gargalos do setor, reconhece a coordenadora do CI Orgânicos, Sylvia Wachsner. “A cadeia orgânica da pecuária e indústria leiteira é ainda pouco desenvolvida no Brasil”, destaca.

QUESTÃO RELATIVA

Em matéria de custos, a auditora do IBD observa que não é correto afirmar que a certificação da produção animal é mais cara que a de origem vegetal.

Segundo ela, trata-se de uma questão relativa, pois é preciso levar em consideração fatores como: esquema de certificação contratado, ou seja, para qual lei ou norma de certificação se deseja certificar (no caso de certificação para o mercado externo, há uma demanda de maiores valores de investimento); tamanho da propriedade; volume de produção, entre outros aspectos.

 

OPORTUNIDADES

Gastos à parte, a coordenadora da SNA, Sylvia Wachsner, reconhece que a pecuária e a indústria do leite voltadas para a produção orgânica oferecem oportunidades de investimento, e cita como exemplo a pecuária desenvolvida no Pantanal, ligada às tradições e cultura do homem do campo daquela região.

Sylvia observa que há oportunidades de negócios ao longo de toda a cadeia alimentar. “Da escolha de uma genética animal apropriada à produção orgânica, na elaboração de um plano alimentar específico, com grãos orgânicos, silagem, forragem e insumos. No meio acadêmico, abre-se espaço para médicos veterinários no tratamento animal, assim como para zootecnistas no manejo das unidades de produção”.

NÚMEROS

Dados recentes da Coordenação de Agroecologia e Produção Orgânica do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Coagre/Mapa) indicam que o Brasil conta atualmente com 14.449 unidades de produção orgânica fiscalizadas e sob controle oficial.

No Rio de Janeiro, os municípios da região serrana concentram o maior número de unidades: Petrópolis (58), Teresópolis (32) e Nova Friburgo (23).

Quanto ao controle para a garantia da qualidade orgânica, a identificação padrão do Mapa para os produtos orgânicos no mercado é feita por meio do selo “Produto Orgânico Brasil”, que atesta sua origem.

Fonte: SNA

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