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Drones em destaque no Show Rural 2015

Publicado em 11/02/2015

A 27ª Edição do Show Rural Coopavel terminou na última sexta-feira em Cascavel (Oeste do Paraná) com números recordes. O evento registrou um total de 230.904 visitantes, 21 mil a mais que na edição anterior. A estimativa da organização é de que tenham sido movimentados mais de R$ 2 bilhões em negócios.

A feira contou este ano com 480 expositores – 40 a mais que no ano passado – que trouxeram novidades em maquinário, sementes, insumos, entre outras. Dentre novas tecnologias apresentadas na exposição de Cascavel, o uso de drones (veículos aéreos não tripulados) para monitoramento de áreas agrícolas é aposta da vez.

As demonstrações realizadas pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) durante a feira despertaram a curiosidade do público. “Desde o pequeno produtor, que achava que não dava para o bolso, até o grande produtor, mais tecnificado, e os consultores agrícolas ”, cita o pesquisador da Embrapa Instrumentação, Lúcio Jorge.

Os drones podem carregar câmeras, sensores e transmissores para captar imagens aéreas georreferenciadas, que, posteriormente, são processadas por softwares para mapear áreas agrícolas. “Eles são a promessa para um futuro muito próximo porque facilitam a inspeção das lavouras e ajudam a monitorar doenças e pragas e identificar áreas de maior produtividade. Com os drones, é possível antecipar falhas para que elas sejam corrigidas durante a temporada”, explica o técnico.

A Embrapa realiza pesquisas com drones desde 1997, mas a tecnologia passou a ser mais acessível no Brasil apenas há cerca de dois anos. Hoje, o equipamento mais simples pode ser adquirido por R$ 5 mil e existem opções de softwares gratuitos. Os aparelhos mais simples fazem fotos aéreas e permitem ao produtor identificar as alterações mais visíveis nas lavouras. Mas os equipamentos mais sofisticados podem também usar sensores de infravermelho e hiperespectrais, que reconhecer , com mais detalhes, doenças, pragas e pontos de estresse hídrico e nutricional .

“O infravermelho identifica, por exemplo, áreas que produziram mais biomassa, para saber quais têm maior produtividade. Já os sensores térmicos têm mais relação com a parte hídrica, indicando pontos onde falta água” detalha Fabrício Pinheiro Povh, coordenador de pesquisa em Agricultura de Precisão da Fundação ABC, que desde 2013 realiza testes com drones em áreas experimentais da região de Palmeira (PR) até o Sul de São Paulo.

Segundo Povh, os experimentos devem se intensificar nos próximos dois anos, com foco nos diferentes sensores e softwares. A Embrapa estima que cerca de 200 produtores utilizam a tecnologia no país atualmente. “Já é muito comum em plantações de cana e eucalipto, para estimativas de produção. E deve começar a ser mais usado para grãos a partir de agora”, prevê Jorge.

O pesquisador da Fundação ABC avalia que os equipamentos oferecem tecnologia avançada, mas o processamento e uso das imagens captadas por eles ainda precisa evoluir. As pesquisas da Embrapa evoluem justamente neste sentido. Com foco no desenvolvimento das ferramentas de análise, a empresa busca tornar a tecnologia mais acessível aos produtores, a partir de treinamentos e possibilidades de customização.

Disseminação ainda depende de regulamentação

A disseminação do uso de drones na agricultura ainda depende de regulamentação da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Atualmente, é autorizado apenas o uso experimental do equipamento, que precisa ser homologado junto à agência para receber autorização de voo. Mas ainda não existe uma norma específica para o tema no Brasil, o que traz preocupações relacionadas à segurança e à privacidade.

As regras também estão em discussão nos EUA, onde os veículos podem ser usados apenas de forma experimental. “Países como a Austrália e a Espanha já utilizam amplamente. A Espanha, inclusive, é referência na área de monitoramento em áreas de cultivo de uva”, compara o pesquisador da Embrapa Instrumentação, Lúcio Jorge.

Dentre os fatores que restringem o uso de drones na agricultura estão também limitações técnicas. As fonte de energia podem ser baterias, que duram em média 30 minutos, ou combustível, que oferece autonomia maior, mas exige maior manutenção. “Além disso, ainda acontecem muita quedas, por falhas elétricas e mecânicas, e as condições climáticas interferem bastante”, cita o pesquisador.

Fonte: Gazeta do Povo

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