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Interação entre Universidade e Indústria no desenvolvimento de Alimentos

Publicado em 03/06/2014

Pesquisas na área de alimentos podem contribuir para que consumidores paguem menos e tenham acesso a produtos mais nutritivos

Para aproveitar melhor as cascas das frutas usadas na produção de diferentes produtos alimentícios, uma empresa decidiu procurar a ajuda da universidade. Com o dilema apontado pelo mercado e estudantes ávidos pela produção científica, a professora do curso de Engenharia de Alimentos da PUCPR Diana Fachin botou a mão na massa. O trabalho já dura três anos e, da farinha vinda da casca de maçã, surgiram bolachas, pães, barrinhas de cereais e chá – produtos com maior valor nutricional e menor custo de fabricação.

clique para ampliar>clique para ampliar“É uma solução interessante, pois, em vez de descartar o resíduo, agrega valor ao alimento. É um exemplo de aproximação entre indústria e universidade”, conta Diana. (Foto: Divulgação)

No momento, a equipe de Diana desenvolve uma geleia a partir de cascas de fruta e testa a validade dos produtos criados. Outro projeto analisa os resíduos industriais que são jogados fora em Curitiba e Região Metropolitana. O passo seguinte será encaminhar opções de uso para cada tipo de resto de alimento, o que deve diminuir o desperdício e a quantidade de lixo gerado.

A professora Diana Fachin participa ativamente do Grupo de Articulação da Rota Agroalimentar que discute a visão de futuro Indústria Agroalimentar Sustentável – Valorização de Resíduos presente no  Roadmapping da Indústria Agroalimentar.

Segundo a coordenadora do curso de Engenharia de Alimentos do câmpus Medianeira da UTFPR, Aziza Kamal Genena, pesquisas vinculadas a empresas atendem diretamente a demanda das indústrias alimentícias. “Tivemos pesquisas principalmente com cárneos e lácteos, mas também há outros mais focados, como o de uma aluna que estudou a atividade antioxidante do extrato de beterraba obtido por diferentes solventes para extração”, conta. As pesquisas costumam fazer parte de trabalhos de conclusão de curso e de atividades de iniciação científica, tecnológica ou de extensão.

A professora Aziza apresentou suas linhas de pesquisas às indústrias de Alimentos na III Rodada Tecnológica de Alimentos, atividade que visa, justamente, a interação Universidade-Empresa com a finalidade de criar parcerias entre as instituições. Este evento ocorreu em Outubro do ano passado na UTFPR-Medianeira, promovido pelo Grupo de Articulação Agroalimentar que promove Rodadas Tecnológicas.

Outra linha de pesquisa é a busca por produtos que substituam componentes em uso pela indústria. É o que tem feito Ligia Alves da Costa Cardoso, professora dos cursos de Nutrição, Biomedicina e Engenharia de Bioprocessos da Universidade Positivo. “Queremos produzir um pigmento a partir de uma levedura que pode ser usado na indústria de alimentos e farmacêutica. A vantagem é que ele é natural, difere dos pigmentos já usados e que podem causar alergia. Ele não precisa ser feito de forma química”, conta. O corante poderá ser usado em produtos como iogurte, bolacha e suco de morango. Os próximos passos são melhorar a extração, testar em animais e também definir o tempo de duração do pigmento, o que pode levar até cinco anos para ser concluído.

clique para ampliar>clique para ampliarAlunos da PUCPR ajudam na produção de queijo funcional (Foto: Giuliano Gomes/Gazeta do Povo)

Análise Sensorial

Em cursos como Engenharia de Alimentos e Nutrição é comum o uso de um laboratório de análise sensorial. É lá que o público, geralmente dividido em cabines individuais, testa o que é produzido pelos estudantes. Funcionários da instituição, colegas de outros cursos ou até visitantes fazem a degustação, sugerindo alterações de sabor, aroma, cor, textura, entre outras.

Além dos testes promovidos em laboratórios, os “experimentos” são levados a grupos externos, como ocorreu recentemente com um pão aromatizado com farinhas isentas de glúten. “A prova ocorreu em uma reunião da Associação dos Celíacos do Paraná. O produto foi avaliado por consumidores daquele produto e as contribuições que nos deram para melhorar o produto foram muito ricas”, conta a professora Márcia Rapacci, da PUCPR.

Atualmente, Márcia e seus alunos testam um queijo de leite de búfala com propriedades funcionais. O queijo faz parte de uma linha de produtos probióticos, que equilibram o intestino, e prebióticos, com fibras não digeríveis que estimulam o crescimento das bactérias probióticas.

Outro Grupo de Articulação da Rota Agroalimentar é o de Alimentos Funcionais e Para Fins Especiais, no qual a professora Márcia Rapacci participa desde o início das atividades de articulação.Este Grupo já realizou três edições de Mini Fóruns de Aplicação de Ingredientes Funcionais, cuja segunda Edição, de Cereais e Vegetais, ocorreu na PUCPR em 2012.

Para o segundo semestre de 2014 esse mesmo Grupo pretende realizar o 4º Mini Fórum de Aplicação de Ingredientes Funcionais.

As reuniões dos Grupos de Articulação ocorrem bimestralmente na Fiep (Federação das Industrias do Estado do Paraná) sob moderação da equipe dos Observatórios Sesi/Senai/IEL.

Confira o vídeo na reportagem da Gazeta do Povo

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