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Drivers de mudanças no sistema agroalimentar brasileiro

Publicado em 18/02/2013

O artigo procura detectar e examinar a influência que drivers de mudanças podem exercer sobre o desempenho do sistema agroalimentar nos próximos anos. É da edição da Revista Parcerias Estratégicas, publicada semestralmente pelo Centro de Gestão e Estudos Estratégicos. Escrito por Roberto Rodrigues, Carlos Augusto M. Santana, Mariza M. T. Luz Barbosa e Marcos A. G. Pena Júnior.

Segundo o artigo os drivers consolidados do sistema agroalimentar são:

  • Crescimento populacional;
  • Aumento de renda;
  • Urbanização.

Com relação ao crescimento populacional até a metade do século a população irá aumentar em pelo menos 1 bilhão. Segundo o cenário “UN” desenvolvido pelo Iiasa a população mundial aumentará de 6,9 bilhões (2010) para 9 bilhões (2050). A população africana deverá dobrar. A China cresce até 2030, mas espera-se que em 2050 a população será menor que a atual. Antes de 2020 a população da Índia ultrapassará a chinesa.

Em 2050 a urbanização saltará de 50% para 70%. Esse crescimento da urbanização certamente trará implicações importantes em termos da demanda futura de produtos agrícolas e agroenergéticos.

Com relação a faixa etária, a proporção da população mundial acima de 65 anos (atualmente cerca de 8%) irá dobrar nos últimos 20 anos. No Brasil, a população idosa ultrapassará 23% em 2050, portanto o país caminha velozmente rumo a um perfil demográfico cada vez mais envelhecido.

A expectativa de aumento de renda per capita principalmente em países emergentes e em desenvolvimento é um importante driver que sinaliza impactos sobre o sistema agroalimentar mundial. Os aumentos na renda acarretam mudanças significativas nos padrões de consumo. Segundo o FMI, a renda per capita na Rússia deve duplicar entre 2010 e 2016. No Brasil, o fundo estima que esse aumento será de 53%. Na China e na Indonésia, países bem populosos, o aumento estimado é de 85% e 75% respectivamente. Aumentos importantes também são previstos na Índia (67%) e na África do Sul (30%).

O robusto e contínuo crescimento da população e da renda de países que ainda não atingiram a satisfação das necessidades básicas de sua população, como China, Índia e alguns países da África, aumenta a demanda mundial por alimentos. As exportações dos produtos do agronegócio brasileiro irão se expandir nos próximos dez anos. Os produtos que indicam maior potencial de crescimento são o algodão, soja em grão, carne de frango, açúcar milho e celulose. As participações do Brasil no comércio mundial de soja, carne bovina e carne de frango deverão continuar expressivas e tendendo a se elevarem. O país deverá manter a liderança no comércio mundial em café e açúcar.

Também o mercado interno continuará a ser um importante fator de crescimento da produção agropecuária brasileira. Em 2021/2022, 56% da produção de soja devem ser destinados ao mercado interno; para o milho, o percentual é de 84%.

O estudo cita diversos outros drivers como a crescente relação agricultura-produção de energia, a nova bioeconomia, a agricultura cada vez mais intensiva em capital e integrada com os estágios antes e depois da porteira, mudanças nas cadeias de comercialização, compra de terras por estrangeiros, menor disponibilidade dos recursos de terra e água, drivers sócio-políticos como marco regulatório internacional e o declínio da importância do Estado na oferta de bens e serviços; drivers religiosos; de ciência e tecnologia, trazendo mudanças radicais de paradigmas; driver ambientais, como mudanças climáticas.

Um segundo grupo de drivers que também devem exercer uma grande influência sobre a demanda por produtos agropecuários no futuro próximo consiste 1) na crescente inter-relação entre mercados agrícolas e novos mercados como os de energia limpa e os relacionados a bioeconomia.; e 2) papel dos supermercados no acesso a mercados varejistas e na definição da qualidade e segurança dos produtos alimentares. Em relação ao primeiro desses drivers, a ênfase crescente que vários países vem dando a sustentabilidade econômica, social e ambiental da produção, certamente aumentará a pressão sobre a demanda por produtos agrícolas. No caso dos supermercados, a rapidez com a qual eles vêm ocupando espaço na distribuição de produtos alimentícios, sinaliza a influência que continuarão a exercer proximamente.

Veja artigo na íntegra em: www.cgee.org.br/parcerias

 

 

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