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VOTE BEM03/10/2016

Vote Bem: não esqueça em quem votou!

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Depois de ter votado nesse domingo, você deve ficar de olho e fiscalizar o mandato dos candidatos em quem você votou. O site do Vote Bem mostra quatro razões que levam o eleitor a esquecer em quem votou.

1. Voto proporcional

Segundo o cientista político Mario Sérgio Lepre, um dos principais fatores para o esquecimento do eleitor em relação aos candidatos é o modelo político brasileiro. “Os votos para deputados e vereadores, por exemplo, são proporcionais e muito abertos, o que dificulta que se crie uma identificação por parte da população”, disse.

Lepre, que é professor de Direito da Pontifícia Universidade Católica (PUC) de Londrina (PR), explica que o sistema atual permite que um candidato como o palhaço Tiririca, que recebeu mais de um milhão de votos para deputado federal em São Paulo, leve com ele vários outros nomes para a Câmara dos Deputados. “Isso leva o eleitor a não saber exatamente em quem votou e a representação fica muito distante da realidade dele”, afirma.

2. Voto obrigatório

O professor paranaense destaca ainda o voto obrigatório como mais um dos motivos para essa “amnésia”. “Em geral, o eleitor é alheio à política e à eleição, o que faz com que muitos só se preocupem com a escolha dos candidatos em cima da hora, ou até no dia da votação”. Lepre acrescenta que, como a decisão sobre o voto é tomada em cima da hora por algumas pessoas, falta convicção e uma identificação com o candidato.

A socióloga Fátima Pacheco Jordão, diretora da Fato, Pesquisa e Jornalismo em São Paulo e especialistas em análise do comportamento do eleitor no Brasil, acredita que com a adoção do voto distrital o eleitor conseguiria lembrar seus candidatos ao Legislativo. “Como o sistema eleitoral não é distrital, as pessoas muitas vezes votam nos nomes que nada tem a ver com o lugar em que ela vive e que, portanto, desconhece os problemas locais. O eleitor termina esquecendo porque inexiste comprometimento ou vínculo desse político com as demandas dele”, afirma a socióloga.

3. Crise de representatividade

O eleitor brasileiro chegou a um grau extremamente elevado de rejeição ao político no país. Segundo Fátima Pacheco Jordão, o sentimento hoje é de raiva dos governantes e parlamentares com mandato. Ela explica que essa avalição negativa do brasileiro sobre a classe política já é antiga. Surgiu nos anos 90, com impeachment de Fernando Collor (1992) e com escândalo a definição do Orçamento da União no Congresso Nacional que ficou conhecido como dos “Anões do Orçamento” (1993).

4. Escândalos de corrupção

Os escândalos relacionados à corrupção só aumentaram. Da denúncia de compra de votos no Congresso Nacional para aprovar a reeleição do presidente Fernando Henrique Cardoso (1997), passando pelo Mensalão (2005) que levou à prisão importantes lideranças petistas como José Dirceu e José Genuíno. E, como agravante para essa insatisfação com o político, as eleições municipais deste ano acontecerão em meio ao afastamento do cargo da presidente Dilma Rousseff e aos desdobramentos da operação Lava Jato, que envolve figurões da política de diversas colorações partidárias. “A visão negativa do político se deteriorou com as manifestações populares de 2013”, avalia Fátima.

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