A Fiep repudia, veementemente, qualquer nova tentativa de aumento de impostos que possa vir a ser lançada no país. Essa possibilidade voltou a ganhar força nesta semana, com a notícia que o governo estuda ressuscitar a CPMF, imposto sobre movimentações financeiras extinto desde 2007.
Inicialmente, é preciso lembrar que este pleito já foi rejeitado em ocasiões anteriores, graças à mobilização da sociedade brasileira. No cenário de grave crise econômica vivido pelo país atualmente, mais uma vez a sociedade não permitirá que essa nova tentativa tenha sucesso. O cidadão em geral e o setor produtivo, em especial, que desde o início do ano já sofrem com um pesado aumento da carga tributária, não suportam mais qualquer elevação de impostos.
A insistência na receita de aumento de tributos como forma de cobrir os rombos nos cofres públicos é um equívoco que torna ainda mais difícil a missão do país de superar a recessão econômica. Em um momento como este, trata-se de uma irresponsabilidade de quem não sabe gastar querer tirar mais recursos de um fundo que já não tem mais fundos.
Com toda certeza, a sociedade brasileira não compactua com essa medida e o setor industrial não a aceitará, sob hipótese alguma. E qualquer representante da classe política que defender ou contribuir para a aprovação de uma medida como essa estará enganando a população.
Por tudo isso, a Fiep espera bom senso por parte tanto do governo quanto dos parlamentares que podem vir a analisar essa proposta. E reforça sua posição de que, dentro do necessário ajuste fiscal, o governo deixe de jogar a conta somente nas costas do contribuinte, mas faça sua parte, cortando gastos desnecessários e aumentando a eficiência da gestão pública.