Dia 30 de maio foi comemorado o Dia de Inclusão Social e Profissional das Pessoas com Deficiência ou Beneficiários Reabilitados. Mário de Oliveira, aluno do Senai em Londrina, escreveu um depoimento sobre a necessidade de qualificação profissional para a inclusão da pessoa com deficiência no mercado de trabalho. Veja o relato abaixo.
A história da reabilitação como campo de estudo e aplicação, data de 1917, quando o exército americano sentiu a necessidade de recuperar soldados feridos e retorná-los para o campo de batalha, isso durante a primeira guerra mundial. Naquela época, hospitais passaram a ter um departamento que prestava o chamado ‘Serviço de reconstrução física’, de onde nasceu a moderna fisioterapia reabilitativa. Porém, com a tecnologia disponível naquele tempo, pouco se podia fazer para reabilitar o paciente funcionalmente, e, menos ainda, socialmente. Um tratamento era considerado de sucesso quando se conseguia simplesmente manter o paciente vivo.
Passado quase um século do advento da medicina reabilitativa, os tratamentos, as técnicas e equipamentos evoluíram da simples capacidade de manter um paciente vivo, para uma visão mais abrangente, onde a pessoa com deficiência pode chegar a ter uma vida social normal, incluindo a sua inclusão no mercado de trabalho.
Hoje, com as tecnologias assistivas existentes, abrem-se muitas opções para a inserção do deficiente no mercado de trabalho. O que décadas atrás era impossível, hoje são totalmente factíveis, haja vista que o trabalho mudou de braçal para mais intelectual, abrindo ainda mais oportunidades. No entanto, para uma melhor colocação, exige-se maior foco na busca constante de conhecimento.
Foi com esse pensamento em mente, que hoje curso a graduação em Fabricação Mecânica na Faculdade de Tecnologia Senai em Londrina, onde em pouco tempo, tivemos a oportunidade de participar de competições de inovação como o Inova Senai e o Desafio Brasil de Inovação (2013). Com o apoio dos docentes, conseguimos participar em projetos muito interessantes na área de metal mecânica, conquistando o terceiro lugar na cidade de Curitiba.
Em minha opinião, essa busca por conhecimento e novas habilidades são fundamentais para boas colocações no mercado de trabalho, sendo obrigatório, principalmente para aqueles, que como eu, desejam trabalhar com inovação.
Mario de Oliveira, 39 anos, é estudante do Senai em Londrina