Na minha carreira, sempre me deparei com pessoas que esperam dicas importantes para se alcançar o sucesso profissional. Digo que não há uma receita exata do que é necessário, mas quando se houve o coração e identifica suas aptidões, competências e habilidades, além de se conseguir racionalizar (traçar objetivos e metas) o desejo, fica fácil de criar uma receita perfeita para atingir o êxtase no trabalho. Nota-se que quando alcançamos esse “êxtase” elevamos o nível de engajamento e dedicação a um patamar incrível de excelência, muito superior à média de desempenho de outros, demonstrando que estamos satisfeitos e felizes em um ambiente que consideramos compatível com os nossos valores, com o nosso “jeitão”.
Do outro lado, as empresas também buscam profissionais que possam oferecer algo a mais, trabalhando como se fossem verdadeiros sócios deles. Profissionais com um tino inovador, dedicados a reduzir custos, aumentar receitas, melhorar processos e serem agentes na manutenção de um ambiente agradável e de respeito mútuo. Na Administração, chamamos de colaboradores com essas características de intraempreendedores. Profissionais que possuem uma capacidade diferenciada de condução prudente, embasados em uma relação de parceria que ajuda a movimentar a contínua evolução da organização, agregando valor ao trabalho final. Esse “espírito empreendedor” não está no interesse em abrir uma empresa, mas tratar a empresa que trabalha como se fosse sua, com toda a dedicação e responsabilidade. Era o que o Peter Drucker dizia que são “pessoas comuns que fazem coisas incomuns”. Profissionais apaixonados, engajados e libertos pela própria ação.
Para atender aos desejos das duas partes - organizações e profissionais - é necessário compreender quais são os padrões ideais para que se possa obter triunfo nessa relação. O interessante que pra mim (ok, demorei a entender), essa resposta é muito fácil e transparente. Há um certo padrão, um perfil muito parecido entre essas pessoas intraempreendedoras. Normalmente são pessoas com ardor e devoção pelo que fazem, atentas às ideias inovadoras e às oportunidades. São multidisciplinares, autoconfiantes, motivados, que “arregaçam” as mangas, colaboram com o próximo para o bem comum, e principalmente proativos – como combustível para abastecer o espírito empreendedor.
Pelo lado da organização, para que esse “espírito empreendedor” tenha fluidez, é necessária uma análise profunda do clima e cultura organizacional. A escritora Adriane Hartman, em 2006, identificou os principais indicadores a serem qualificados para que seja possível avaliar a cultura intraempreendedora em uma empresa. Desta forma, Hartman (2006) considera os seguintes indicadores:
Hartman (2006) demonstra que esse espírito intraempreendedor deve ser praticado por grande parte dos colaboradores gerando um grupo com capacidade analítica diferenciada em todos os cenários possíveis, fomento ao contínuo processo de inovação, geração de ideias e criação de oportunidades.
O sucesso, tanto para a empresa quanto para um profissional, está condicionado a ter equipes que tenham conhecimento, que sabem fazer e que querem fazer em um ambiente favorável ao desenvolvimento das competências e habilidades. Simples, né? Então vamos em frente, juntos pelo mesmo ideal... O sucesso!