Durante os dias 16 e 17 de setembro, o Campus da Indústria do Sistema Fiep recebeu a sexta edição do Congresso Moveleiro Nacional. Cerca de 1.600 pessoas de 11 Estados brasileiros – Minas Gerais, Bahia, Goiás, Acre, Tocantins, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro e Distrito Federal – trocaram ideias sobre inovações tecnológicas, criatividade, mercado, processos, acessibilidade e cenário.
Ousadia - O consultor do Instituto de Estudos e Marketing Industrial (Iemi) Marcelo Prado apresentou um case de uma indústria de veículos, que optou por não reduzir qualidade e preço final de seu produto campeão de vendas, mas preferiu investir em inovação dos acessórios e aumentar o preço. Houve espera de até 120 dias para comprar a novidade. “Neste momento, só vai comprar quem estiver encantado. Não hesitem em investir e cobrar um pouco mais por isso. É o diferencial que vai mobilizar o comprador”, avaliou.
O gerente de Design e Tendências da Tok & Stok, Ademir Bueno, reforçou a mensagem de Prado em sua palestra de encerramento. “Não é verdade que o comprador busca apenas preço. Temos uma cadeira assinada por Fernando Jaeger que vende 6 mil unidades por ano”, disse, estimulando os industriais a buscarem a inovação em sua produção.
Presença do Sesi e do Senai – O 6º Congresso Moveleiro Nacional também teve espaço para discutir a questão da acessibilidade, na Mostra Design para Todos, com móveis inclusivos, feitos por alunos do Senai. Eles desenvolveram mobiliário para três ambientes – closet, cozinha e home office. O Colégio Sesi também teve participação no evento, com os finalistas do concurso de melhor móvel desenvolvido durante a oficina Entre Pregos e Cavacos, que teve a participação de mais de 1.500 alunos. O móvel da equipe vencedora, do Colégio Sesi de Santo Antônio da Platina, é uma estante geminada que pode ser usada dos dois lados, dividindo ambientes de forma funcional. “É um móvel inteligente, ideal para uma família de classe média brasileira”, disse a aluna Ane Assolari, da equipe vencedora. Os protótipos da exposição foram desenvolvidos com a ajuda dos alunos do curso Técnico em Design de Móveis do Senai.
O Senai foi contratado pelos organizadores do congresso para realizar a neutralização de gases de efeito estufa e a gestão de resíduos sólidos do evento.