action/2015 - 23/02/2015

Novos dados indicam que a pobreza pode aumentar pela primeira vez em uma geração

Contra isso, action/2015 é uma das maiores campanhas já lançadas.

De acordo com pesquisas recentes, quase um bilhão a mais de pessoas enfrentarão a perspectiva de viver em pobreza extrema se os líderes mundiais deixarem de tomar decisões importantes sobre os temas da pobreza, desigualdade e mudança climática em duas reuniões de cúpula cruciais que acontecerão este ano em Nova Iorque e Paris, além de outros bilhões de pessoas que também continuarão a enfrentar uma vida de dificuldades.

Esse é o alerta que está sendo feito por mais de mil organizações em todo o mundo, que estão lançando uma campanha chamada action/2015, para incitar líderes locais e globais a tomarem medidas urgentes que detenham as mudanças climáticas causadas pelo homem, erradiquem a pobreza e combatam a desigualdade.

Os novos cálculos publicados pela coalizão action/2015 mostram que, mesmo usando cenários relativamente conservadores, o número de pessoas que vivem em pobreza extrema, ou seja, pessoas que vivem com menos de US$ 1,25 (cerca de R$ 3,30) por dia, poderia ser reduzido de forma drástica: de mais de 1 bilhão para 360 milhões até 2030. Segundo um estudo realizado pela Universidade de Denver, no ano de 2030, cerca e 4% da população mundial viveria em pobreza extrema (em vez dos 17% atuais), se medidas críticas em relação à desigualdade, pobreza e mudança climática forem estabelecidas este ano e implementadas a partir de então. Estimativas de outras pesquisas, que analisaram uma lista mais extensa de variáveis, mostram que a erradicação da pobreza extrema é uma meta alcançável, pela primeira vez na história, e isso é um dos principais objetivos da campanha.

No entanto, se os líderes mundiais não agirem e não aproveitarem o clima favorável por acordos ambiciosos na Reunião de Cúpula Especial da ONU sobre Desenvolvimento Sustentável em setembro e na Conferência sobre Mudanças Climáticas em Paris em dezembro, e reduzirem seus esforços, o número de pessoas que vivem na pobreza poderá, na realidade, aumentar para 1,2 bilhão até 2030. Esse aumento seria o primeiro em toda uma geração (desde 1993) e constituiria quase um bilhão (886 milhões) a mais de pessoas vivendo nessas condições do que se ações firmes forem tomadas. Nesse cenário, 1 em cada 3 pessoas em todo o mundo viveria com menos de US$ 2 (cerca de R$ 5,30) por dia.

Dezenas de ativistas de grande visibilidade, como a rainha Rania da Jordânia, Bono, Ben Affleck, Mo Ibrahim e Bill e Melinda Gates, apoiam essa coalizão de mais de mil organizações, presentes em mais de 120 países do mundo. A campanha chama os líderes mundiais a estabelecerem, nessas reuniões de cúpula, planos para erradicar a pobreza, prevenir mudanças climáticas perigosas e combater a desigualdade. A action/2015, anunciada por Malala quando recebeu o Prêmio Nobel da Paz, é uma das maiores campanhas de toda a história, reunindo organizações ambientais, religiosas, de direitos humanos e de desenvolvimento. Contando tanto com nomes conhecidos, como a Anistia Internacional e o Save the Children, quanto com ONGs de base que trabalham junto a comunidades locais, o movimento visa garantir que os acordos firmados em 2015 sejam moldados pelo povo.

Falando em nome da action/2015, o ativista indiano Amitabh Behar, que luta contra a pobreza, afirmou:

“Se errarmos neste momento, poderemos ver o número de pessoas que vive na pobreza aumentar pela primeira vez na nossa geração. Mas se acertarmos e combatermos a pobreza, a desigualdade e as mudanças climáticas, poderemos erradicar a pobreza extrema dentro de uma geração. Com duas reuniões de cúpula dessa importância acontecendo em um intervalo tão pequeno uma da outra, 2015 pode ser um dos anos mais importantes para o nosso planeta desde o fim da Segunda Guerra Mundial, mas só se estivermos à altura dos acontecimentos.”

A action/2015 está convocando todo o mundo a se juntar a eles nesse apelo, para garantir que os líderes mundiais se comprometam com um mundo melhor. Ao longo de 2015, a campanha oferecerá formas pelas quais todos poderão participar, em qualquer lugar, para ajudar a influenciar os resultados desses debates globais, que poderão alcançar:

  • o fim da pobreza em todas as suas formas;
  • a garantia de direitos fundamentais, combatendo a desigualdade e a discriminação;
  • uma aceleração da transição para uma energia 100% renovável;
  • um mundo onde todos podem participar e responsabilizar seus líderes.

Fonte: www.action2015.org

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