Fiep elogia novo corte nos juros, mas cobra medidas de ajuste fiscal



A nova queda na taxa básica de juros (Selic), definida nesta quarta-feira (26), é mais um incentivo importante para a retomada da atividade econômica no Brasil. A opinião é do presidente da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), Edson Campagnolo. Ele ressalta, no entanto, que o governo federal precisa solucionar seus problemas fiscais para que a tendência de queda nos juros se sustente em longo prazo.

“O Banco Central conseguiu controlar a inflação, abrindo margem para mais esta queda nos juros. É uma medida importante para a retomada do investimento produtivo e para que a economia recupere seu dinamismo”, disse Campagnolo. “Mas, para que tenhamos espaço para novos cortes e a possibilidade de manutenção de uma taxa de juros baixa em longo prazo, é preciso que o governo equacione a questão fiscal, fundamental para evitar a volta da inflação e para manter a confiança do mercado. Isso passa pela aprovação da Reforma da Previdência, que é responsabilidade também do Congresso Nacional, e por uma verdadeira reforma do Estado, que possibilite cortes efetivos de gastos e a racionalização do uso dos recursos públicos, sem a necessidade de se recorrer a novos aumentos de impostos”, completa o presidente da Fiep.

Nesta quarta, o Comitê de Política Monetária (Copom), ligado ao Banco Central, decidiu pelo corte de 1 ponto percentual na Selic. Com isso, a taxa caiu de 10,25% para 9,25% ao ano, menor patamar dos últimos quatro anos.