Em encontro com Maia, presidente da Fiep elogia pauta positiva, mas alerta para riscos da PEC 37

clique para ampliarclique para ampliarCampagnolo, com os presidentes da Câmara, da CNI e de outras Federações que participaram do encontro em Brasília (Foto: Foto: José Paulo Lacerda/CNI)
O presidente da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), Edson Campagnolo, participou, nesta quarta-feira (20), em Brasília, de um encontro de lideranças do setor industrial com o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM/RJ). A reunião, realizada na sede da Confederação Nacional da Indústria (CNI), foi uma forma de agradecimento pelos avanços da agenda do setor produtivo no Congresso Nacional em 2017, que foram decisivos para a retomada do crescimento econômico, o aumento da oferta de empregos e a melhoria do ambiente de negócios no Brasil.

Durante a reunião, Campagnolo elogiou os esforços dos congressistas por terem colocado em pauta e aprovado, entre outras, medidas como a regulamentação do serviço terceirizado, a modernização das leis trabalhistas e o Programa Especial de Regularização Tributária, abrangendo inclusive micro e pequenas empresas. “Essa pauta positiva foi muito importante para retomar a confiança dos industriais e dos investidores, refletindo na recuperação da atividade econômica em 2017”, disse Campagnolo. “Infelizmente, alguns temas essenciais, especialmente a Reforma da Previdência, acabaram não sendo votados, mas o deputado Rodrigo Maia nos transmitiu a confiança de que será aprovada no começo do próximo ano”, completou.

O presidente da Fiep também alertou Maia sobre os riscos que uma eventual aprovação da Proposta de Emenda à Constituição 37/2007 pode trazer para a economia brasileira. A medida, já aprovada pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, retoma a cobrança do ICMS na exportação de produtos primários (não-industrializados) e semielaborados. “Essa PEC pode onerar significativamente o setor exportador e os impactos podem ser gravíssimos para a economia do país. O que é necessário é encontrar um outro modelo, que não onere as exportações, mas que encontre meios para melhorar o equilíbrio fiscal dos estados e da União”, afirmou.

O saneamento das contas públicas, aliás, marcou o posicionamento do presidente da Câmara durante o encontro. Ele revelou, inclusive, que está articulando para janeiro uma grande reunião entre governadores, representantes do Congresso e do governo federal para discutir um pacto sobre o equilíbrio fiscal. “Para que a gente possa fazer uma discussão fora da paixão política, um debate que garanta um equilíbrio fiscal para que a gente possa investir no que é fundamental, que é no cidadão, em saúde, educação e segurança. Sem a gente reorganizar as contas públicas, nada disso vai acontecer”, declarou Maia.

Além de Campagnolo, participaram do encontro o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade e os presidentes das Federações das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc), Glauco Côrte; do Rio Grande do Sul (Fiergs), Gilberto Petry; de Minas Gerais (Fiemg), Olavo Machado; do Acre (Fieac), José Adriano da Silva; e do Distrito Federal (Fibra), Jamal Bittar. Também estiveram presentes outros oito deputados federais, incluindo o paranaense Rubens Bueno (PPS).