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25/10/2019

Quatro gerações, um diálogo intergeracional sobre a questão de Gênero.

O 3º Encontro Mulheres em Ação foi realizado pelo Conselho Paranaense de Cidadania Empresarial (CPCE) dos Campos Gerais no Clube Ponta Lagoa. As  gerações Tradicional, Baby Boomer, Gerações X e Y foram representadas por quatro mulheres que vem se destacando, não só em Ponta Grossa. Neuza Mansani, Indianara Milleo, Giorgia Bin Bocheneck e Julia Stocco participaram de um painel mediado pela jornalista Luciane Rosas. “Contamos nossas experiências e como esse recorte intergeracional foi motivador das pessoas que nos tornamos”, contou Indianara, que também atua como diretora do CPCE Campos Gerais.

 

Para a jornalista que mediou o painel, o debate integeracional foi muito enriquecedor. “Mesmo apresentando mulheres de gerações tão distintas percebemos uma característica em comum entre elas. A inquietação, a vontade de crescer, mesmo perante as adversidades próprias do gênero”, aponta Luciane.

 

A ‘tradicional (1929-1943) Neusa Mansani relatou suas experiências ao crescer em uma sociedade que ainda não se falava, nem pensava, em equidade entre gêneros. “Vou confessar pra vocês que não foi fácil”, relata, lembrando-se de uma de suas experiências de vanguarda: entrar para a Faculdade de Pedagogia. Foi um avanço muito grande deixar de ser filha de fulano de tal , esposa de sicrano, para ser reconhecida como Neusinha levou-se 35 anos de professora universitária e escritora, brincando com a plateia. A mulher deixa de ser sombra dos homens.    Ela diz que o segredo é sempre teve senso de propósito, não desistir e sempre se reinventar, pois o mundo é dinâmico. Ela é uma mulher de projetos, sempre em atividade. 

 

A representante da geração Baby Boomer (1943-1960), a Sra. Indianara deu vários depoimentos de como mesmo sendo “esposa de médico” foi se realizar empreendendo no mundo da confecção e galgando várias posições de liderança empresarial. Participava de feiras de moda no Brasil inteiro e a mãe e o marido ajudava cuidar das crianças, quando as crianças eram pequenas era muito difícil mas conseguiu avançar exponencialmente na carreira profissional. Recém casada, seguiu o marido para o Rio de Janeiro e segundo a sua mãe ela foi de um jeito e voltou de outro, pois lá estava só e reconheceu em si o próprio desejo e o dinamismo para empreender e o marido incentivou-a alçar voos na criação e comercialização de moda esportiva, e outras oportunidades foram surgindo tendo composto a diretoria da FIEP e agora no CPCE, assim como a Associação Comercial e Industrial de Ponta Grossa - ACIPG . A diretoria do CPCE também foi a primeira mulher eleita como presidente  do Clube da Ponta da Lagoa, numa Diretoria até então composta por homens,hoje em sua quarta gestão como presidente e comemora o grande número de mulheres que a seu convite trabalham ao seu lado. Dentro do DNA da Sra Indianara parece que tem algo de especial para assumir as oportunidades que aparece.

A geração X (1960-1980) foi com a Doutora Giorgia , “Temos que agradecer todas essas mulheres que abriram caminho para nós”, destacou  Giorgia, que atua a frente de diversas organizações, além de ser empresária e advogada de sucesso. Falou da importância da família, dos aprendizados com oi seu pai, do apoio incondicional de seu esposo e os desafios na educação de filhos.

 

A Julia da geração Y(1980-1995)  destacou a importância de ações de vanguarda das anteriores para a conquista de seus espaços. A jovem Julia, apesar de sua pouca idade (22 anos), compartilhou a sua ampla experiência como líder feminina, em movimentos estudantis e de empreendedorismo e inovação. “Vejo que muitas das experiências que as gerações anteriores passaram foram essenciais. Mas há valores que devem ser adaptados para a nova realidade”, aponta.

 

Independente de que geração pertenceram, as painelistas destacaram os valores que o gênero não pode perder. O valor “Respeito” foi unanimidade. Estudiosa, escritora e poeta, Neuza propôs o debate de axiomas que “perderam sentido” ao longo do tempo. “O que é verdade, justiça e beleza nos dias de hoje?”, questionou.

 

 

Além do painel, o Encontro trouxe um diálogo intergeracional proposto pelo Centro de Inovação em Longevidade do Sesi Paraná, com a condução de Diva da Paz. “Temos que pensar que estamos em uma sociedade com mais pessoas de 60 do que de cinco anos”, explica.

 

A coordenadora do Conselho de Cidadania Rosane Fontoura (CPCE) trouxe um desafio para que as convidadas possam alinhar seus propósitos de vida alinhados aos   “os objetivos de desenvolvimento sustentáveis.  todas  podem liderar projetos e práticas em prol do desenvolvimento em especial na melhora dos indicadores de educação e saúde do município  www.portalods.com.br pois a mulher pode contribuir muito com o desenvolvimento em diversas áreas ”, disse