clique para ampliarclique para ampliar (Foto: Fotolia)

A plataforma Rede Peteca - Chega de Trabalho Infantil, em parceria com a Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social e o Ministério Público do Trabalho, distribuiu folhetos alertando a população sobre trabalho infantil na cadeia têxtil durante a semana do São Paulo Fashion Week (SPFW), de 21 a 26 de outubro. Alunos e pais de oito escolas dos bairros Pari, Brás, Bom Retiro, Vila Maria e Vila Guilherme, em São Paulo, receberam o material contendo orientações e informações sobre o problema.

As escolas foram escolhidas porque estão localizadas em bairros importantes para a produção de peças de confecção na cidade. A intenção da campanha foi explicar o que é e quais são as consequências do trabalho infantil, mas também orientar as famílias sobre os órgãos públicos que podem auxiliá-las. De acordo com a coordenadora da ação na Rede Peteca, Bruna Ribeiro, a ideia é mostrar aos pais que eles são vítimas da situação e precisam proteger os filhos trocando o trabalho infantil pela escola.

O trabalho infantil na indústria da moda é um dos que chama mais atenção e causa preocupação por conta da subnotificação. Segundo Bruna, é difícil para a fiscalização ter acesso às oficinas onde muitas vezes as crianças e adolescentes ficam porque os pais também estão em condições análogas à escravidão. Bruna ressalta ainda que as consequências do trabalho infantil são diversas, passando pelas físicas, chegando às psicológicas e no próprio desenvolvimento da criança que tem sua infância comprometida, queda do rendimento escolar, além da exposição a situação de risco de acidentes.

Na mesma semana, a Rede Peteca - Chega de Trabalho Infantil abordou em seu site o tema do trabalho artístico realizado pelas crianças. "Nas passarelas e nos catálogos de moda, crianças e adolescentes trabalham, muitas vezes de forma desprotegida e irregular", afirma Bruna. Em entrevista ao site da Rede Peteca, Evaristo Pizzi, presidente do Sindicato dos Manequins, Modelos e Recepcionistas em Eventos do Rio Grande do Sul, diz que muitas vezes o trabalho sequer é pago, com a ilusão de que seria uma "oportunidade de ficar conhecido". A legislação brasileira proíbe o trabalho para menores de 16 anos, mas, segundo ele, muitas pessoas não consideram a atividade um trabalho, o que é totalmente equivocado. "A gente não discorda do trabalho infantil artístico em si, mas da exploração, pois percebemos que a maioria está na informalidade", informa Pizzi.

Com informações da Agência Brasil.

Leia mais notícias do setor em https://www.fiepr.org.br/boletins-setoriais/5/especial/boletins-setoriais/5/especial/boletins-setoriais/5/especial/boletins-setoriais/5/especial/boletins-setoriais/5/especial/boletins-setoriais/5/especial/boletins-setoriais/5/especial/boletins-setoriais/5/.